Um homem de 50 anos permanece internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande, com suspeita de raiva humana. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou nesta quinta-feira (18) que o quadro clínico “apresenta forte compatibilidade” com a doença, embora o diagnóstico laboratorial definitivo ainda não tenha sido emitido.

Segundo a pasta, os primeiros sintomas apareceram em 10 de dezembro. O paciente procurou atendimento hospitalar três dias depois, em 13 de dezembro, quando foram registrados sinais como agitação mental e física, confusão, alteração do nível de consciência, aerofobia, falta de ar e queda na saturação de oxigênio.

A piora clínica levou à transferência para a UTI na segunda-feira (15). Ao chegar ao setor de terapia intensiva, o homem apresentava insuficiência respiratória aguda associada a instabilidade neurológica, o que tornou necessária a intubação orotraqueal e o início de ventilação mecânica invasiva. Ele permanece em sedação profunda, com instabilidade da pressão arterial e acompanhamento multiprofissional contínuo.

Vigilância investiga possível exposição

Equipes da Diretoria de Vigilância em Saúde e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) iniciaram imediatamente ações de campo para identificar o local provável de infecção e possíveis contatos com animais que possam transmitir o vírus da raiva. O inquérito epidemiológico analisa se houve mordedura, arranhadura ou contato do paciente com mucosas de cães, gatos ou morcegos.

Além do levantamento de campo, a Vigilância Ambiental adotou medidas preventivas padrão, como orientação a familiares e profissionais de saúde sobre sinais e sintomas da raiva e a necessidade de imunoprofilaxia, se indicada pelos protocolos do Ministério da Saúde.

Amostras clínicas foram coletadas e encaminhadas a laboratórios de referência para confirmação ou descarte da infecção. Enquanto aguarda o resultado, o hospital mantém o tratamento de suporte e monitora o quadro neurológico, classificado como grave.

A Secretaria de Saúde informou ainda que quaisquer novas informações sobre a evolução do caso ou a conclusão da investigação epidemiológica serão divulgadas tão logo estejam disponíveis.

Com informações de Jornaldaparaiba