A partir deste sábado, 4 de outubro de 2025, o Banco Central (BC) começa a bloquear chaves Pix indicadas por instituições financeiras como envolvidas em golpes ou fraudes. O bloqueio será feito com base nas informações enviadas pelos próprios bancos e fintechs que integram o sistema de pagamentos instantâneos.
De acordo com o BC, a medida busca reforçar a segurança do Pix e foi anunciada na mais recente reunião do Fórum Pix, comitê consultivo permanente que reúne cerca de 300 representantes do setor financeiro e da sociedade civil para apoiar a definição de regras do sistema.
Outras iniciativas contra fraudes
O bloqueio das chaves soma-se a uma série de ações adotadas pela autoridade monetária nas últimas semanas para conter práticas ilícitas. No início de setembro, o BC limitou a R$ 15 mil as transferências via Pix e TED destinadas a instituições de pagamento que movimentam recursos, mas não oferecem crédito e não são autorizadas a funcionar como bancos.
A restrição veio após três operações da Polícia Federal — Carbono Oculto, Quasar e Tank — que investigam mais de R$ 50 bilhões em transações suspeitas envolvendo fintechs.
Também em setembro, o Banco Central determinou que instituições de pagamento neguem transferências para contas consideradas suspeitas de fraude. Essas regras devem ser implementadas até 13 de outubro e exigem que a instituição informe o titular da conta rejeitada sobre o motivo da recusa.
Imagem: Internet
Já desde quarta-feira, 1º de outubro, os aplicativos bancários passaram a oferecer o botão de contestação de transações Pix. A inclusão tornou totalmente digital o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado em 2021 para ressarcir usuários vítimas de golpes.
Com as novas exigências, o Banco Central espera reduzir o número de fraudes, aumentar a confiança dos usuários e preservar a integridade do sistema de pagamentos instantâneos.
Com informações de MaisPB



