Justiça paraibana recebe denúncia e decreta prisão preventiva de ex-secretário acusado de matar vereador

A Justiça da Paraíba acolheu, nesta sexta-feira (19), a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra o ex-secretário de Transportes de Jacaraú, Jefferson Carvalho da Silva, apontado como autor do homicídio do vereador Perón Bezerra Pessoa Filho. O crime foi registrado em 15 de setembro, no litoral norte do estado.

Ao receber a peça acusatória, o juiz responsável destacou a existência de provas iniciais que indicam a participação de Jefferson na execução e determinou a prisão preventiva do ex-gestor municipal. Segundo a decisão, a medida é necessária para resguardar a ordem pública, garantir o andamento das investigações e evitar possível intimidação de testemunhas, já que há indícios de premeditação.

Na mesma decisão, o magistrado revogou a prisão de dois investigados que chegaram a ser detidos durante a apuração: Reginaldo Lindolfo da Costa e Antônio Fernandes Alves Bezerra. Ambos foram colocados em liberdade por falta de elementos que sustentassem, neste momento, a manutenção das prisões.

De acordo com o Ministério Público da Paraíba (MPPB), Jefferson Carvalho da Silva admitiu o assassinato em depoimento prestado na terça-feira (16). A informação foi confirmada pelo promotor de Justiça Lean Xerez, que conduz o caso. Apesar da confissão, o órgão ministerial prossegue com a análise de materiais apreendidos para verificar a possível participação de outras pessoas.

Dinâmica do crime

Perón Filho, que exercia mandato na Câmara Municipal de Jacaraú, foi morto a tiros enquanto trafegava em uma motocicleta por uma rodovia da cidade. Conforme o laudo preliminar, o parlamentar foi atingido por três disparos nas costas e morreu no local. A moto apresentava perfurações compatíveis com os projéteis recolhidos pela perícia.

Com o recebimento da denúncia, Jefferson Carvalho da Silva passa à condição de réu e poderá responder por homicídio qualificado. O processo segue agora para a fase de instrução, quando serão colhidos depoimentos de testemunhas arroladas pelo Ministério Público e pela defesa.

Com informações de Maispb