O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, que o Tribunal de Contas da União (TCU) encerrou a investigação que apurava a existência de “funcionárias fantasmas” em seu gabinete. Segundo o parlamentar, o processo foi arquivado pelo órgão de controle externo, o que, nas palavras dele, transforma o episódio em “história superada”.
O caso veio a público há cerca de cinco meses, quando foram levantadas suspeitas de que pessoas lotadas no gabinete do deputado receberiam salário sem exercer efetivamente suas funções. Na mesma ocasião, repercutiu a informação de que uma auxiliar de confiança detinha procuração para movimentar as contas bancárias de outros assessores vinculados ao gabinete.
Desde então, Motta vinha sendo questionado sobre as acusações, mas evitava dar explicações detalhadas. Nesta sexta-feira, ao comentar o arquivamento, o presidente da Câmara disse refutar “veementemente” qualquer irregularidade e acrescentou que o TCU, responsável pela fiscalização contábil e financeira da administração pública federal, concluiu não haver elementos que justificassem a continuidade das investigações.
O arquivamento, de acordo com o deputado, abrange tanto a suspeita de contratação de funcionários que não cumpriam jornada de trabalho quanto a autorização concedida à auxiliar para operar contas de colegas. Ele reforçou que sempre pautou sua atuação “pelo respeito às instituições” e considerou que a decisão do tribunal confirma a regularidade das práticas administrativas em seu gabinete.
Hugo Motta assumiu a presidência da Câmara em 1º de fevereiro de 2025. Durante o período em que as suspeitas eram apuradas, oposicionistas cobraram explicações públicas do parlamentar. Com o desfecho anunciado nesta sexta-feira, o congressista afirmou que o tema “já está resolvido” e que, agora, pretende concentrar-se na condução dos trabalhos legislativos da Casa.
Apesar do arquivamento, o TCU não divulgou o teor completo do despacho. Motta afirmou que a decisão é definitiva e que pretende tornar o documento acessível para consulta de parlamentares e da imprensa.
Com informações de Paraibaonline



