O secretário executivo de Cultura da Paraíba, Cicinho Lima, relatou os bastidores do encontro que teve com a ex-primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, e explicou os motivos que o levaram a permanecer no governo estadual. A declaração foi feita durante entrevista ao programa A Tal da Política, veiculado recentemente.

Segundo Cicinho, a reunião ocorreu de maneira inesperada. O secretário afirmou que foi à residência do prefeito Cícero Lucena para dialogar sobre assuntos administrativos e, ao chegar, deparou-se com Lauremília. “Quando cheguei para encontrar Cícero, nem imaginava que ela estaria lá”, contou.

Durante a conversa, surgiu a possibilidade de o gestor cultural integrar o grupo político que se opõe ao vice-governador Lucas Ribeiro. Apesar do convite, ele reiterou a decisão de continuar na base governista liderada pelo governador João Azevêdo. “Eu disse que onde estou, eu fico. Sou secretário”, resumiu.

Cicinho argumentou que não seria coerente abandonar o cargo que exerce desde 2019. Ele destacou que o posto exige responsabilidade e compromisso com políticas públicas voltadas ao setor cultural. “Não faz sentido chegar com a chave da secretaria e devolver: ‘toma, governador, não quero mais’. Ninguém faz isso”, declarou.

O gestor ressaltou que aprecia o trabalho desenvolvido no âmbito da Cultura e que se sente valorizado pelo chefe do Executivo. “Amo o que faço e gosto de trabalhar pela nossa cultura”, enfatizou, mencionando a abertura de diálogo que possui com João Azevêdo.

Ao relembrar passagem relâmpago pela Assembleia Legislativa da Paraíba, quando assumiu uma cadeira de forma temporária, Cicinho contou que nomeou um substituto de confiança para não deixar a pasta descoberta. “Fiquei dois dias como deputado e voltei, porque tinha compromisso com a secretaria”, explicou.

Além de reconhecer o apoio do governador, o secretário citou a facilidade de acesso a gestores, como o próprio Cícero Lucena, como fator decisivo para permanecer onde está. “O governador me recebe, Cícero também me recebe. Isso pesa na hora de decidir”, afirmou.

Ele sintetizou sua posição usando uma metáfora. “Por que entraria em outra porta se esta aqui já está aberta?”, questionou, reforçando a disposição de contribuir com a administração estadual até o término do mandato, em 2026.

Com informações de Polemicaparaiba