Em uma semana, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se posicionou contra a duas iniciativas que têm o apoio da base do governo Bolsonaro. Depois de condenar a proposta da legalização dos jogos, a entidade, agora, se posiciona contra a mineração em terra indígena, defendida pelo presidente da República.
A CNBB assina um documento com outros três organismos ligados à Igreja Católica, que são o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a Comissão Episcopal Especial para a Ecologia Integral e Mineração e a Rede Eclesial PanAmazônica (REPAM-Brasil).
Nessa carta, batizada de “Povos indígenas na casas comum: um direito inviolável”, as entidades argumentam que, desde a Constituição de 1988, há uma investida para a apropriação dos territórios indígenas, seja por mineradoras ou pelo agronegócio.
“É um chamado a todos os cristãos para que protejam a vida, os povos originários e as florestas. Não aceitamos a legalização da poluição dos rios e das populações com mercúrio, a destruição dos barrancos e dos igarapés, a abertura de novas frentes de desmatamento da Amazônia e o genocídio dos povos. A vida está em primeiro lugar, perante qualquer tipo de argumentação para o desenvolvimento econômico” – diz a