Em carta aberta, primeira-dama da Ucrânia condena morte de criançasO Antagonista

Em uma longa carta aberta publicada no Facebook nesta terça (8), a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska (foto), fez um relato do que aconteceu com seu país nas quase duas semanas desde que ele foi invadido pela Rússia.

“Apesar das garantias dos meios de propaganda apoiados pelo Kremlin, que chamam isso de ‘operação especial’, trata-se, de fato, do assassinato em massa de civis ucranianos”, escreveu a mulher do presidente Volodymyr Zelensky.

Em seguida, Zelenska cita uma série de casos de crianças mortas pelos ataques russos: “Alice, de oito anos, que morreu nas ruas de Okhtyrka enquanto seu avô tentava protegê-la. Ou Polina, de Kiev, que morreu no bombardeio com seus pais. Arseniy, de 14 anos, foi atingido na cabeça por destroços e não pôde ser salvo —a ambulância não conseguiu chegar a tempo, por causa dos intensos incêndios”.

“Os primeiros recém-nascidos da guerra viram o teto de concreto do porão e tiveram o primeiro suspiro no ar do subsolo; foram recebidos por uma comunidade presa e aterrorizada. Neste ponto, existem muitas dezenas de crianças que não sabem o que é ter paz em suas vidas”, acrescentou a primeira-dama.

Zelenska também disse que Vladimir Putin, o responsável pelos assassinatos, subestimou a capacidade de resistência dos ucranianos. Ela agradeceu às pessoas de todo o mundo que apoiam seu país e, assim como Zelensky, voltou a pedir que se implante uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia: “Fechem o céu e nós mesmos administraremos a guerra no terreno”.

“Se não pararmos Putin, que ameaça iniciar uma guerra nuclear, não haverá lugar seguro no mundo para nenhum de nós”, concluiu a primeira-dama, que encerrou sua carta com um “glória à Ucrânia!”.