Campina Grande, conhecida como Rainha da Borborema, completa 161 anos de fundação nesta quarta-feira (11). Espalhadas pelas ruas e praças, esculturas e marcos ajudam a preservar a memória do município, que aparece na 273ª posição no ranking nacional de qualidade de vida, entre mais de 5.500 cidades brasileiras.

O historiador André Gomes, recém-graduado pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), reuniu informações sobre nove monumentos considerados fundamentais para entender diferentes fases do desenvolvimento campinense. A pesquisa teve orientação do professor Gildivan Francisco, que ressalta a necessidade de reconhecer esses pontos de memória para fortalecer o vínculo dos moradores com o território.

Estátua de Juscelino Kubitschek

Instalada há quase sete décadas na Praça da Bandeira, a escultura homenageia o ex-presidente Juscelino Kubitschek. Foi erguida para marcar a chegada das águas do Açude de Boqueirão, projeto que solucionou o abastecimento de Campina Grande.

Homenagem a Argemiro de Figueiredo

Na praça Clementino Procópio, um monumento da década de 1960 reverencia o ex-governador paraibano Argemiro de Figueiredo, conhecido por posições conservadoras e anticomunistas.

Monumento João Rique

Localizado diante do edifício que leva o mesmo nome, o busto recorda um dos empresários mais influentes da história local. O prédio foi o primeiro da cidade a contar com elevador.

Primeira estátua de João Pessoa na Paraíba

A homenagem ao ex-governador João Pessoa foi a primeira do tipo no estado. Originalmente em outro ponto, a peça foi transferida para a praça Coronel Antônio Pessoa após reforma urbanística.

‘Os Pioneiros da Borborema’

Inaugurada no centenário de Campina Grande, a obra situada às margens do Açude Velho retrata três figuras simbólicas: um indígena, uma catadora de algodão e um tropeiro.

‘A Farra da Bodega’

Também no entorno do Açude Velho, o conjunto escultórico celebra a música nordestina por meio de Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga.

Monumento do Sesquicentenário

Criado para festejar os 150 anos do município, o marco integra o circuito cultural à beira do Açude Velho.

João Carga D’Água

A estátua rememora o líder da Revolta do Quebra-Quilos, movimento ocorrido em 1874 contra a padronização de pesos e medidas. Inaugurada em 2014, a peça já apresenta sinais de vandalismo.

Vergniaud Wanderley

Ex-prefeito entre os anos 1940 e 1950, Vergniaud Wanderley recebeu homenagem em monumento posicionado no Largo que leva seu nome, às margens do Açude Velho. Ele foi responsável por expansões viárias que influenciam o traçado urbano até hoje.

Para André Gomes, divulgar a história desses marcos ajuda a evitar o esquecimento e incentiva a preservação do patrimônio. “A educação patrimonial é fundamental para valorizar nossos lugares de memória”, afirma o pesquisador.

Com informações de Jornal da Paraíba