Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, lavou as mãos. A candidatura de Márcio França ao governo de São Paulo só depende de França. Se ele não trocá-la pela candidatura ao Senado, o PSB o apoiará. Se trocar, o apoiará do mesmo jeito.
Mas se França insistir em ser candidato ao governo, o PSB levará uma sugestão a Lula. Nesse caso, por que Lula não repete a fórmula que usou na eleição para o governo de Pernambuco em 2006? À época, Lula, presidente, era candidato à reeleição.
PT e PSB estavam juntos no plano nacional, mas separados em Pernambuco. Ali, o PSB apoiava Eduardo Campos, neto do ex-governador Miguel Arraes, e o PT, Humberto Costa. Em comício na praia do Pina, no Recife, Lula pediu votos para os dois.
Fez mais do que isso: convidou os dois para o seu palanque e levantou os braços dos dois para deleite de uma multidão entusiasmada. Era preciso, segundo Lula, derrotar Mendonça Filho, candidato do PFL e da direita pernambucana.
No primeiro turno, Mendonça teve 39% dos votos válidos, Campos, 34% e Costa, 25%. No segundo, Campos se elegeu com 65% dos votos contra 35% de Mendonça. Este ano, Lula poderia repetir a dose em São Paulo com Haddad (PT) e França.
Bem, só resta combinar com Lula e com os eleitores de São Paulo.