A Paraíba reduziu a proporção de domicílios em situação de insegurança alimentar de 36% para 32,4% entre 2023 e 2024, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2024, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação representa 53 mil casas a menos sob algum grau de restrição alimentar, passando de 534 mil para 481 mil residências — redução de 9,9%.

Queda mais acentuada nos casos graves

O recuo mais expressivo apareceu entre os domicílios em situação grave. O total caiu de 89 mil para 58 mil em um ano, enquanto o número de pessoas afetadas passou de 218 mil para 144 mil, o equivalente a 3,5% da população estadual.

Na categoria de insegurança alimentar moderada, o levantamento identificou 115 mil residências em 2024, contra 127 mil no ano anterior, afetando 313 mil moradores.

Já a insegurança leve diminuiu de 21,5% para 20,7% dos domicílios, atingindo 308 mil lares e 959 mil pessoas.

População ainda impactada

Apesar da melhora, 34,3% dos habitantes da Paraíba — cerca de 1,4 milhão de pessoas — ainda conviviam com algum grau de restrição ou preocupação em relação ao acesso à alimentação. Em 2023, eram 1,5 milhão, 121 mil a mais.

Comparação com Brasil e Nordeste

O índice paraibano permanece superior à média nacional, de 24,2%, mas inferior ao registrado no Nordeste, que é de 34,8%. No ranking do país, o estado ocupa a 11ª posição; na região, aparece com o terceiro menor percentual, atrás de Ceará (30,5%) e Rio Grande do Norte (29,4%).

No recorte da insegurança alimentar grave, a Paraíba apresenta 3,9%, o menor índice do Nordeste, seguida pelo Rio Grande do Norte, ficando atrás apenas do Piauí na classificação regional.

Com informações de Jornal da Paraíba