A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realiza nesta quarta-feira (22) o leilão de sete áreas de exploração de petróleo localizadas no polígono do pré-sal. A sessão pública do 3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP) começa às 10h, na sede da agência, no Rio de Janeiro.
Quinze empresas foram habilitadas a participar da disputa, entre elas a Petrobras, que já exerceu o direito de preferência para operar 40% do bloco Jaspe, na Bacia de Campos. Além da estatal, estão credenciadas as brasileiras Prio e Brava Energia (ainda registrada como 3R Petroleum) e 12 companhias estrangeiras: BP, Chevron, Ecopetrol, Equinor, Karoon, Petrogal, Petronas, QatarEnergy, Shell, TotalEnergies, Sinopec e CNOOC. Para concorrer, cada empresa apresentou à ANP garantias de capacidade financeira e técnica.
Blocos em oferta
Embora a oferta permanente inclua até 13 áreas, as empresas demonstraram interesse em apenas sete, distribuídas nas Bacias de Santos e Campos:
- Bacia de Santos: Esmeralda e Ametista;
- Bacia de Campos: Citrino, Itaimbezinho, Ônix, Larimar e Jaspe.
Critérios do modelo de partilha
No regime de partilha, o vencedor é o consórcio que oferece à União o maior percentual de excedente de óleo, respeitado um valor mínimo previsto para cada bloco. O bônus de assinatura é fixo e não interfere na escolha do ganhador. A parcela de petróleo destinada ao governo é comercializada pela estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
No último leilão realizado pela PPSA, em junho de 2025, foram negociados 74,5 milhões de barris, gerando cerca de R$ 28 bilhões em receita para os cofres públicos.
Oferta Permanente
Adotada tanto para partilha quanto para concessão, a Oferta Permanente permite que blocos fiquem disponíveis de forma contínua, sem depender de rodadas específicas. Segundo a ANP, o modelo aumenta a competitividade ao dar tempo para as empresas analisarem dados técnicos e decidirem o momento mais oportuno para ofertar.
Imagem: Internet
Transição energética
A ANP destaca que a produção no pré-sal apresenta intensidade de carbono inferior à média mundial. Os contratos exigem medidas de redução de emissões e preveem investimentos obrigatórios em pesquisa, desenvolvimento e inovação, com foco crescente em projetos ligados à transição para energia de baixo carbono.
Contexto na Margem Equatorial
O leilão ocorre dois dias após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizar a Petrobras a perfurar o bloco FZA-M-059, na Foz do Amazonas, área da Margem Equatorial apontada como novo potencial pré-sal. Em junho, o 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão resultou na arrematação de 34 blocos, sendo 19 nessa mesma região.
Com informações de Agência Brasil



