A ministra da Cultura, Margareth Menezes, oficializou a escolha do historiador Jivago Correia Barbosa para comandar a superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na Paraíba. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União da última quinta-feira (13).
Barbosa assume o cargo no lugar do antropólogo Emanuel Oliveira Braga, que havia sido empossado em agosto de 2023. À época, a designação de Braga encerrou um impasse criado pelo Fórum de Patrimônio Cultural de João Pessoa, que pressionava o Ministério da Cultura para que o posto fosse ocupado por um profissional com perfil técnico, e não resultado de indicação política.
Indicação construída por diferentes frentes
Ao blog Conversa Política, o novo superintendente relatou que o convite partiu do próprio antecessor, que precisou deixar a função. Segundo ele, o nome foi apresentado ao presidente do Iphan, Leandro Grass, e recebeu sinal verde após consultas internas. Filiado ao PT, Barbosa destacou que a nomeação também contou com articulação do deputado federal Ruy Carneiro (Podemos) junto ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Trajetória acadêmica e profissional
Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Jivago Barbosa é graduado e mestre em História pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). No Instituto Federal da Paraíba (IFPB) – Campus João Pessoa, é professor efetivo das disciplinas de História e Metodologia Científica. Ele também integra o Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT/IFPB), onde ministra o componente “Organização e Memória de Espaços Pedagógicos”.
Na UFPB, atua como professor convidado do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas (PPGDH), contribuindo com a disciplina “Memórias, Patrimônios e Direitos Humanos”. Entre 2009 e 2012, coordenou o Intensivo Pré-Vestibular da universidade, projeto de extensão vinculado ao Gabinete da Reitoria.
Barbosa lidera o Grupo Interdisciplinar de Estudo e Pesquisa em Educação e Ciências Humanas (GIEPECH/IFPB) e preside a comissão responsável pela criação do Memorial/Museu da Educação Profissional e Tecnológica da Paraíba. É ainda pesquisador da Fundação Casa de José Américo, onde coordena o projeto “1930 a caminho do centenário: convergências bibliográficas e fontes digitais (BR 1930)”. Seus estudos concentram-se em história política da Paraíba e do Brasil, especialmente no período da Era Vargas, além de patrimônio cultural, memória social e educação patrimonial.
Com o novo desafio à frente do Iphan no estado, Jivago Barbosa passa a conduzir políticas de preservação do patrimônio histórico e artístico paraibano, sucedendo Emanuel Braga após menos de um ano de gestão.
Com informações de Jornaldaparaiba



