A Polícia Civil da Paraíba intimou servidores de uma escola municipal de João Pessoa para prestar depoimento sobre a suspeita de estupro envolvendo um aluno de 12 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O fato foi comunicado às autoridades na última quinta-feira, 13, quando o garoto relatou ter sido abusado sexualmente no banheiro da unidade de ensino.
De acordo com informações repassadas à imprensa pela corporação, dois adolescentes são apontados como possíveis autores do abuso. As famílias desses estudantes também foram chamadas a depor. Os interrogatórios estão agendados para esta segunda-feira, 17, e terça-feira, 18.
Quem será ouvido
Devem comparecer à delegacia servidores que trabalham diretamente na escola, os dois adolescentes citados pelo aluno vítima e os responsáveis legais de todos os envolvidos. O objetivo é esclarecer a dinâmica dentro da instituição e confirmar ou descartar a participação de outros alunos nos supostos atos.
Relato da mãe
O delegado Diego Garcia, responsável pela investigação, informou que a mãe do estudante procurou a Delegacia de Polícia Civil e relatou que o filho vinha sendo abusado por colegas mais velhos. Segundo ela, os episódios ocorreram no banheiro masculino do colégio. O nome da instituição está sendo mantido em sigilo para preservar a identidade do menor.
“A mãe desse adolescente relatou que seu filho teria sido abusado sexualmente por outros alunos dessa escola. Essas eventualidades aconteciam no banheiro dessa unidade escolar”, declarou o delegado ao portal MaisPB. As informações prestadas pela mulher foram reforçadas pelo próprio garoto, que detalhou os episódios às autoridades.
Próximos passos
Após a coleta de depoimentos, a Polícia Civil deverá analisar eventuais registros de câmeras de segurança, além de ouvir possíveis testemunhas que frequentam a área onde teriam ocorrido os abusos. Caso confirmadas as suspeitas, o inquérito poderá apontar os adolescentes como autores de ato infracional equiparado a estupro de vulnerável. Medidas socioeducativas podem ser solicitadas ao Juizado competente.
Até o momento, não há confirmação de afastamento dos servidores ou dos estudantes suspeitos. A Secretaria Municipal de Educação ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso.
As investigações seguem sob sigilo para resguardar a vítima, que recebe acompanhamento psicológico oferecido pela família.
Com informações de Maispb



