Será sepultado nesta quinta-feira (10), o corpo do garoto de 9 anos que morreu após se engasgar com uma bexiga durante tratamento em uma clínica de João Pessoa. As últimas homenagens e a despedida acontecerão em um cemitério particular no bairro do José Américo, na zona sul da cidade. O sepultamento estava previsto para às 11h. Contudo, às 11h10 o corpo ainda não havia chegado no local de enterro.
Antes, houve a captação de órgãos autorizada pela família. Rins, fígado e córneas serão transplantados em pacientes do Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo. O procedimento foi realizado durante a madrugada de hoje e os órgãos seguiram aos destinos onde beneficiarão uma criança de 8 anos; um adolescente, de 15; e um idoso, de 67.
Atualização sobre o caso
A Polícia Civil começou as investigações sobre as circunstâncias do engasgo, que aconteceu em uma clínica no bairro de Tambauzinho. O óbito foi confirmado pelo Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa nesta quarta-feira (9).
De acordo com o delegado Pedro Ivo, o processo vai ser encaminhado à Delegacia da Infância e Juventude, quando a delegada Joana D’arc deve ficar à frente das investigações.
Imagens do circuito de monitoramento da clínica onde o menino foi atendido antes de se engasgar foram solicitadas para ajudar a entender como tudo aconteceu. Nesta terça-feira (8), o irmão mais velho da criança compareceu à delegacia para registrar o boletim de ocorrência. Até o momento somente ele foi ouvido.
O rapaz relatou que a criança tinha ido fazer o tratamento que já realizava há muito tempo na clínica, ainda pela manhã. Em seguida, os pais teriam ido buscar e a criança já estaria com o balão de festa. Foi quando ele colocou na boca e acabou broncoaspirando e tendo as duas vias aéreas obstruídas.
Pelo tempo que o cérebro ficou sem oxigenação, ele acabou tendo três paradas cardíacas, foi internado em estado gravíssimo e teve a morte encefálica comprovada pela equipe médica.
Posicionamento da clínica
Em comunicado à imprensa, a Sentidos Clínica lamentou o ocorrido e destacou que o incidente aconteceu enquanto a criança esperava a chegada dos responsáveis em uma sala de espera, acompanhada por um por um integrante da equipe. A bexiga, segundo a versão da clínica, teria sido tomada da mão do referido profissional “de forma arrebatadora”, por parte da criança.
“Importante destacar que fizemos de tudo que estava ao nosso alcance naquele momento para evitar complicações à criança. E, desde o ocorrido que a Clínica vem monitorando, dentro de duas limitações, o estado de saúde dela e se colocando à disposição da família”, diz um trecho do comunicado.