Morreu às 22h10 da última terça-feira, 18 de novembro, o poeta e escritor cajazeirense Constantino Cartaxo, conhecido no meio cultural como “Tantino”. Ele estava em casa, em João Pessoa, e não resistiu às complicações de uma insuficiência renal crônica que se agravou nos últimos seis meses.
De acordo com familiares, o artista havia sido internado há cerca de dois meses, apresentou melhora e recebeu alta, mas o quadro clínico voltou a piorar nas últimas semanas.
Trajetória
Nascido em 5 de julho de 1933, no sítio Prensa, zona rural de Cajazeiras (PB), Constantino cursou o ensino básico no tradicional Colégio Diocesano da cidade. Concluído o antigo científico, prestou concurso para o Banco do Brasil, onde trabalhou até se aposentar, em 1987.
Além da carreira no banco, mantinha forte ligação com o esporte. Foi jogador de futebol em equipes de Cajazeiras e região e atuou como comentarista nas rádios Difusora e Alto Piranhas. Filho da professora Isabel Sales Cartaxo e do também poeta Cristiano Cartaxo, herdou da família o interesse pela literatura e pela cultura sertaneja.
Obras publicadas
– “Emoções aos Pedaços” (2001)
– “Engenho de Pau” (2007)
Pela relevância de sua produção poética, Tantino ocupava cadeira na Academia Cajazeirense de Artes e Letras (ACAL). Em 2020, durante a pandemia de covid-19, transferiu residência para João Pessoa, onde permaneceu até o falecimento.
Família
Constantino deixa a esposa, a ex-professora Maria Elita Braga Cartaxo, de 91 anos, quatro filhos — Charmênia Maria Braga Cartaxo, Constantino Júnior, Constantino Geovane e Charlênia Maria Braga Cartaxo —, além de sete netos e sete bisnetos.
Velório e sepultamento
O corpo está sendo velado desde as 8h desta quarta-feira (19) no Cemitério Parque das Acácias, localizado na Rua Luiz de Lima Freire, nº 200, bairro José Américo, em João Pessoa. O sepultamento está marcado para as 17h, no mesmo local.
Última entrevista
Mesmo afastado dos eventos presenciais, Constantino concedeu sua última entrevista em vídeo à TV Diário do Sertão, onde falou sobre poesia, futebol e memórias do Sertão. O material permanece disponível no canal da emissora no YouTube.
Com a morte de Tantino, a cultura cajazeirense perde um de seus representantes mais sensíveis. Seus versos, marcados pelo lirismo e pelas referências ao semiárido, continuam como registro afetivo e histórico da identidade sertaneja.
Com informações de Diariodosertao



