O deputado federal paraibano Cabo Gilberto Silva (PL) afirmou que o governo do presidente Lula tem “politizado” o debate sobre segurança pública no país. A declaração foi feita após a Câmara dos Deputados aprovar, nesta semana, o texto do Projeto de Lei 5582/25, conhecido como PL Antifacção, que trata do combate ao crime organizado.

O plenário da Casa deu aval ao parecer do relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), atual secretário de Segurança Pública de São Paulo. A versão aprovada difere da proposta original encaminhada pelo Poder Executivo. Parlamentares da base governista alegaram que as mudanças podem dificultar a atuação da Polícia Federal, argumento rebatido por Cabo Gilberto.

“Ele politizou o debate mais uma vez. Não tinha deputado melhor para relatar a matéria do que o secretário da Segurança Pública de São Paulo. Mas como pode ser um possível candidato a presidente da República, o governador, aí ele politizou o debate, contaminou o debate, como era o costume do governo Lula”, disse o parlamentar paraibano.

O congressista também defendeu a necessidade de um arcabouço legal mais rígido contra facções criminosas, destacando que o texto aprovado representa “um avanço” na proteção da sociedade. Segundo ele, o conteúdo relatado por Derrite traz ferramentas que fortalecem a investigação e o enfrentamento a organizações criminosas em todo o território nacional.

Perfil do deputado

Gilberto Gomes da Silva, popularmente conhecido como Cabo Gilberto, é policial militar e foi eleito deputado federal pela Paraíba em 2022 com 126.876 votos, o equivalente a 5,72% dos votos válidos. O resultado o colocou como o terceiro candidato mais votado no estado. Durante o último pleito estadual, chegou a considerar disputar o governo paraibano, mas acabou desistindo para concorrer à Câmara.

Após confirmar a candidatura à Câmara dos Deputados, passou a apoiar, no segundo turno das eleições estaduais, o empresário Pedro Cunha Lima (PSDB) na disputa pelo governo da Paraíba. Filiado ao Partido Liberal, Cabo Gilberto integra a oposição ao governo federal dentro do Legislativo e costuma se pronunciar em defesa de propostas de endurecimento das leis penais.

O Projeto de Lei 5582/25 ainda precisa ser analisado pelo Senado Federal. Caso sofra alterações, deve retornar à Câmara para nova votação. Se aprovado pelos senadores sem mudanças, seguirá para sanção presidencial.

Com informações de Clickpb