João Pessoa – A Polícia Civil informou nesta terça-feira (30) que Flávio de Lima Monteiro, conhecido como “Fatoka”, principal alvo da Operação Asfixia, permanece foragido depois de danificar a tornozeleira eletrônica que usava no regime semiaberto.
Segundo os investigadores, mesmo escondido em uma comunidade dominada pela facção no Rio de Janeiro, o suspeito continua determinando ações criminosas na Paraíba, principalmente em Cabedelo, onde a célula do Comando Vermelho atua com maior intensidade.
Histórico de prisões e fugas
“Fatoka” foi detido pela primeira vez em 2012, durante a Operação Esqueleto. Em 2018, escapou na fuga em massa que libertou 92 presos do Presídio PB1, em João Pessoa, e acabou recapturado em novembro do mesmo ano em Japaratinga (AL). Posteriormente, passou ao regime semiaberto com monitoramento eletrônico, mas violou o equipamento e desapareceu.
Operação Asfixia
Deflagrada nesta terça, a Asfixia cumpriu 26 mandados de prisão preventiva e 32 de busca e apreensão, além de bloquear mais de R$ 125 milhões ligados ao grupo. Ao todo, 24 pessoas foram presas: 23 na Paraíba e uma no Rio de Janeiro. Entre os detidos, sete foram flagrados durante a ação e 17 eram alvos de mandados.
Os mandados foram executados em João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita, Campina Grande, Cabaceiras, Nova Floresta e em comunidades fluminenses. Na Paraíba, 150 agentes participaram da operação, divididos em 30 equipes da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). As ações contaram ainda com apoio da Desarme, GOE, GOC, Unidade de Inteligência (Unintelpol), Superintendências Regionais e da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Imagem: Internet
Outros investigados
Entre os alvos está Flávia Santos Lima Monteiro, presa desde novembro de 2024. Ela é apontada como funcionária fantasma da Prefeitura de Cabedelo e ligação entre a administração municipal da época e a facção. Na mesma investigação, o ex-prefeito Vitor Hugo e o então prefeito eleito André Coutinho também foram citados.
Até o momento, “Fatoka” não foi localizado.
Com informações de g1.globo.com



