A Polícia Civil da Paraíba, em conjunto com o Gaeco e a Polícia Civil do Rio de Janeiro, deflagrou na manhã desta terça-feira (30) a Operação Asfixia, voltada a desarticular o esquema financeiro do Comando Vermelho no estado. A ação determinou o bloqueio de mais de R$ 125 milhões e resultou em 24 prisões — 23 em municípios paraibanos e uma na capital fluminense.
Segundo o delegado Helton Vinagre, responsável pela investigação, o grupo usava “laranjas” e empresas de fachada para movimentar valores que, de acordo com as apurações, alcançam pelo menos três vezes o montante bloqueado. “São pessoas muitas vezes sem antecedentes criminais, recrutadas para dar aparência de legalidade ao dinheiro da facção”, explicou.
Mandados cumpridos
Os agentes executaram 26 mandados de prisão preventiva e 32 de busca e apreensão em João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita, Campina Grande, Cabaceiras, Nova Floresta e em comunidades do Rio de Janeiro. A operação mobilizou cerca de 150 policiais divididos em 30 equipes.
Investigados
O principal alvo é Flávio de Lima Monteiro, o “Fatoka”, apontado como líder da célula do Comando Vermelho na Paraíba. Foragido após violar tornozeleira eletrônica, ele estaria escondido no Complexo do Alemão, no Rio, de onde seguiria comandando crimes no estado, especialmente em Cabedelo.
As investigações, que duraram cerca de um ano e meio, identificaram três núcleos: gerencial, de lavagem de dinheiro e operacional. O setor financeiro seria coordenado por Ariadna, suspeita de movimentar milhões de reais em Cabedelo e Campina Grande.
Imagem: Internet
Confronto e feridos
Durante o cumprimento dos mandados, um policial civil de 23 anos foi baleado em Cabedelo. Ele foi levado ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa e recebeu alta ainda na manhã desta terça-feira.
Entre os presos, sete mulheres são apontadas como “laranjas” conscientes do esquema. Outras seis pessoas foram detidas em flagrante após o tiroteio que feriu o agente, e uma foi autuada por tráfico de drogas.
Com informações de g1 Paraíba



