O cantor e compositor jamaicano Jimmy Cliff, um dos nomes mais influentes do reggae mundial, morreu aos 81 anos. Segundo comunicado publicado pela esposa do artista na manhã desta segunda-feira (24), a causa do falecimento foi uma convulsão seguida de pneumonia.
Na nota, a viúva agradeceu familiares, amigos, colegas de profissão e fãs que acompanharam a trajetória do músico. “O apoio de vocês foi a força dele durante toda a carreira. Ele realmente valorizava cada fã pelo amor que recebia”, escreveu. A mensagem também fez menção ao médico Dr. Couceyro e à equipe de saúde que prestou assistência nos últimos dias.
Trajetória de destaque
Nascido em 1944 no distrito de Saint James, na Jamaica, James Chambers — nome de batismo de Jimmy Cliff — começou a se apresentar profissionalmente aos 14 anos. Ao longo de quase sete décadas de carreira, lançou mais de 30 álbuns e ajudou a difundir o reggae para além das fronteiras jamaicanas.
Entre as canções que marcaram sua discografia estão “I Can See Clearly Now”, “You Can Get It If You Really Want”, “Wonderful World, Beautiful People” e “The Harder They Come”. A última deu título ao filme estrelado pelo próprio artista em 1972, obra considerada fundamental para popularizar o gênero musical no exterior.
Reconhecimento internacional
Jimmy Cliff recebeu dois prêmios Grammy na categoria Melhor Álbum de Reggae. O primeiro veio em 1985, com “Cliff Hanger”, e o segundo em 2012, pelo disco “Rebirth”. Este trabalho também foi incluído na lista dos “50 Melhores Álbuns de 2012” da revista Rolling Stone.
No cinema, além do protagonismo em “The Harder They Come”, ele participou da comédia “Club Paradise”, lançada em 1986. A atuação reforçou a presença multifacetada do artista, que transitou entre música e telona ao longo da vida.
Conexão com o público brasileiro
No Brasil, a obra de Jimmy Cliff ganhou espaço em trilhas sonoras de novelas da TV Globo. “Hot Shot” integrou a trilha de “Ti Ti Ti” (1985-1986), enquanto “Rebel In Me” foi escolhida para “Rainha da Sucata”, exibida em 1990. Essas inclusões contribuíram para aproximar o público brasileiro do trabalho do jamaicano.
Com a morte de Jimmy Cliff, o reggae perde um de seus pilares. Sua contribuição artística permanece viva em álbuns, filmes e na influência exercida sobre gerações de músicos ao redor do planeta.
Com informações de Jornaldaparaiba



