O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil), afirmou nesta segunda-feira, 24 de novembro de 2025, que a atual pressão financeira sobre a rede municipal de saúde tem origem principal em duas frentes: o peso das despesas obrigatórias e a demora nos repasses da União. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Jornal da Manhã, da Rádio Caturité FM.

Ao detalhar o quadro, Bruno ressaltou que as chamadas despesas obrigatórias — previstas em lei e inadiáveis — comprometem parcela expressiva do orçamento, reduzindo a margem para investimentos e custeio de serviços diários. Segundo o gestor, esses compromissos envolvem pagamentos que o município não pode postergar, o que acaba pressionando o caixa e, por consequência, o funcionamento das unidades de saúde.

O prefeito também destacou que, além do engessamento provocado pelas despesas fixas, o atraso nos repasses federais destinados ao setor agrava ainda mais o cenário. Ele explicou que a liberação irregular de recursos impede o planejamento financeiro de médio e longo prazo, obrigando a administração municipal a realizar ajustes de última hora para manter o atendimento à população.

Bruno Cunha Lima relatou que, diante desse quadro, o município tem buscado alternativas para garantir a continuidade dos serviços, como a readequação de contratos e a priorização dos pagamentos mais urgentes. O gestor frisou, porém, que tais medidas são paliativas e não resolvem o problema de fundo, que depende da normalização dos repasses federais e de uma revisão das obrigações impostas aos municípios.

Durante a entrevista, o prefeito fez questão de enfatizar que a crise não é exclusiva de Campina Grande, mas reflete dificuldades enfrentadas por diversos municípios brasileiros que operam o Sistema Único de Saúde (SUS). Ele acrescentou que a falta de previsibilidade orçamentária prejudica qualquer estratégia de expansão ou melhoria dos serviços oferecidos à população.

Por fim, Bruno reiterou que seguirá cobrando publicamente a regularização dos repasses federais e que pretende discutir, em fóruns municipais e com representantes do governo federal, ajustes na forma de financiamento da saúde para evitar novas interrupções ou atrasos que coloquem em risco a assistência prestada aos campinenses.





Com informações de Paraibaonline