Campina Grande (PB) – Um homem e uma mulher foram presos na manhã de segunda-feira (24) suspeitos de atrair e executar Roniarisson Moreira Dias, de 39 anos, em uma emboscada no bairro das Malvinas. O crime ocorreu no fim da tarde de domingo (23), por volta das 16h30, quando a vítima saía de casa em uma motocicleta e foi atingida por vários disparos na rua José Pereira Neto Filho.
De acordo com a Polícia Civil, a ação foi planejada por um casal que teria ligação com o tráfico de drogas. A mulher, de 20 anos, enviou mensagens marcando um encontro com Roniarisson em um ponto específico do bairro. Seduzido pelo convite, o homem desviou o trajeto que faria até um hospital, onde buscaria um familiar, e dirigiu-se ao local combinado.
Na hora marcada, o executor – companheiro da suspeita, de 26 anos – já o aguardava. Segundo a investigação, os dois estavam escondidos em um imóvel desde a sexta-feira (21), preparando detalhes da emboscada. Assim que a vítima chegou, foi surpreendida pelos disparos e morreu ainda na via pública.
Prisão em flagrante por outro crime levou à identificação
O casal foi localizado na manhã seguinte pela Polícia Militar. Eles trafegavam em um veículo com registro de roubo e, durante a abordagem, foram autuados por receptação e adulteração de sinal identificador de automóvel. Ao serem conduzidos à Central de Polícia de Campina Grande, investigadores da Delegacia de Homicídios reconheceram os suspeitos como autores do assassinato e efetuaram a prisão por homicídio qualificado.
Na delegacia, a jovem de 20 anos admitiu ter atuado como isca para atrair Roniarisson. Conforme o delegado Ramirez São Pedro, responsável pelo inquérito, a execução teria sido ordenada por causa de uma dívida relacionada ao consumo e à venda de entorpecentes. “A vítima era usuária e também participava da comercialização de drogas, o que motivou a ordem de morte expedida pelo comando da área”, afirmou o policial.
As investigações prosseguem para identificar o mandante e esclarecer a extensão da participação do casal na organização criminosa. A Polícia Civil também apura se outras pessoas forneceram apoio logístico ou armas utilizadas na ação.
Com informações de G1



