João Pessoa – O presidente do Sindicato das Empresas de Centros de Formação de Condutores da Paraíba, Claudionor Fernandes, afirmou nesta quarta-feira, 1º de outubro de 2025, que a possível extinção da obrigatoriedade de frequentar autoescola para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) representa um “retrocesso”. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Hora H, da Rede Mais e Rádio POP FM.
O Ministério dos Transportes recebeu aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir alternativas que reduzam o custo da carteira de motorista. A pasta iniciará nesta quinta-feira, 2 de outubro, uma consulta pública de 30 dias sobre o tema.
Críticas ao projeto
Para Claudionor, a proposta impacta tanto a segurança viária quanto a economia. “Não podemos andar para trás em um país que já registra mais de 35 mil mortes por ano em acidentes de trânsito”, ressaltou. Ele lembrou que o setor reúne aproximadamente 15 mil empresas em todo o Brasil e gera cerca de 300 mil empregos, majoritariamente em pequenas e médias empresas familiares.
O dirigente sindical também destacou que a ideia partiu do ministro dos Transportes, Renan Filho, e não do presidente da República. “É propaganda política”, disse, criticando a iniciativa.
Argumentos do governo
Renan Filho defende que a exigência de autoescola se tornou excludente, levando muitos motoristas a dirigirem sem habilitação. O ministro comparou a regra atual a cursos preparatórios privados exigidos, na prática, para o ingresso em universidades públicas.
Imagem: Internet
O Ministério dos Transportes estuda submeter ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) uma resolução que permita que aulas teóricas e práticas sejam ministradas por instrutores autônomos aprovados em exame aplicado pelo governo federal, dispensando a matrícula em centros de formação de condutores.
As discussões sobre a proposta seguirão durante o período de consulta pública.
Com informações de MaisPB



