Em sessão extraordinária realizada nesta sexta-feira (8), a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) autorizou a soltura do deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente afastado da Casa. A decisão foi tomada por 42 votos favoráveis, 21 contrários e duas abstenções, somando os 65 parlamentares presentes no plenário.

A votação ocorreu quatro dias depois da prisão preventiva de Bacellar, detido na manhã de quarta-feira (3) durante a Operação Unha e […]*. Segundo o regimento interno, deputados estaduais têm a prerrogativa de rever medidas cautelares impostas a colegas de mandato, o que motivou a convocação do encontro extraordinário.

O placar apertado refletiu a divisão de posicionamentos entre as bancadas ao longo de quase duas horas de debate. Enquanto parte dos parlamentares argumentou pela manutenção da prisão como forma de preservar as investigações, o grupo majoritário defendeu que o afastamento já garantiria a continuidade do processo sem a necessidade de manter o colega preso.

A condução dos trabalhos foi feita pelo vice-presidente da Mesa Diretora, que assumiu a presidência interina desde a detenção de Bacellar. Logo após a proclamação do resultado, a defesa do deputado solicitou a expedição imediata do alvará de soltura. Com a liberação aprovada, Bacellar deixa a unidade prisional onde permanecia desde quarta-feira, mas segue afastado das funções parlamentares até nova deliberação judicial.

Esta é a primeira vez, na atual legislatura, que a Alerj se reúne em caráter emergencial para analisar a situação de um membro alvo de prisão preventiva. A sessão foi transmitida ao vivo pelos canais institucionais da Casa, garantindo publicidade à decisão.

Nos próximos dias, o Ministério Público responsável pela Operação Unha e […] deve encaminhar novos despachos ao Tribunal de Justiça detalhando o andamento das apurações. O processo corre em sigilo, e não houve divulgação de informações adicionais sobre as supostas irregularidades investigadas.

A libertação de Rodrigo Bacellar passa a valer assim que o Tribunal de Justiça for oficialmente comunicado da deliberação legislativa e expedir o documento correspondente. Até lá, permanece vigente o afastamento do cargo de presidente da Alerj determinado pela Justiça.

Com informações de Paraibaonline