O cientista político Antonio Lavareda, diretor-presidente da MCI Estratégia, reforçou nesta terça-feira, 16 de dezembro, a necessidade de o Brasil colocar as reformas institucionais no topo da pauta nacional. A manifestação ocorreu durante a 11ª Reunião de Diretoria de 2025 da Confederação Nacional da Indústria (CNI), encontro que reúne a alta cúpula da entidade para debater temas estratégicos do país.
Lavareda foi convidado pela CNI para tratar do cenário político. Ao dirigir-se aos empresários reunidos, o especialista sustentou que as mudanças nas estruturas institucionais serão imprescindíveis tanto para o próximo mandato presidencial quanto para a nova legislatura do Congresso Nacional. Segundo o cientista político, a adoção de ajustes nessa esfera condicionará o avanço de outros projetos e o alinhamento entre os Poderes a partir de 2026.
Durante a exposição, o diretor-presidente da MCI Estratégia procurou enfatizar a relevância de discutir o tema ainda em 2025, para que futuros governantes encontrem terreno preparado em seus primeiros meses de gestão. Ele chamou a atenção para a ligação direta entre reformas institucionais e estabilidade, argumento que recebeu atenção de dirigentes do setor industrial presentes na reunião.
A CNI promove anualmente encontros de diretoria a fim de acompanhar o ambiente econômico e político. A edição de número onze, realizada em 2025, quis ouvir diferentes vozes sobre as perspectivas do país no médio prazo. Nesse contexto, Lavareda foi um dos principais oradores e focou seu discurso nos mecanismos legislativos e administrativos que, em sua visão, carecem de atualização.
Além de reforçar a urgência da pauta, o cientista político lembrou que o tema atravessa sucessivos governos sem alcançar consenso pleno. Na avaliação apresentada, a próxima administração federal e os parlamentares que tomarão posse em 2026 precisarão convergir em torno de um programa mínimo de reformas para evitar retrocessos e garantir previsibilidade aos agentes econômicos.
Ao concluir sua fala, Lavareda reiterou que o debate sobre transformações institucionais não deve ser postergado. Para ele, o momento é oportuno porque a proximidade do próximo ciclo eleitoral estimula partidos e lideranças a reverem objetivos e alianças, criando janela para aprovar medidas estruturantes que, segundo defendeu, funcionarão como alicerce para outras políticas públicas.
Com informações de Paraibaonline




