Manifestantes ocuparam o Busto de Tamandaré, em Tambaú, na tarde deste domingo (7), para denunciar o aumento dos feminicídios e outras agressões cometidas contra mulheres. O encontro, batizado de “Levante Mulheres Vivas”, começou por volta das 15h e integrou uma mobilização nacional realizada em diversas cidades brasileiras ao longo do fim de semana.

Munidos de cartazes, camisetas e palavras de ordem, mulheres, homens e famílias inteiras pediram respostas do poder público diante da escalada da violência de gênero. O grupo ressaltou a necessidade de políticas públicas mais efetivas e de reforço à rede de proteção às vítimas.

Violência em números

Segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o estado da Paraíba registrou 26 feminicídios entre janeiro e outubro de 2025, número que já iguala todo o acumulado de 2024. A média este ano alcança dois crimes desse tipo por mês.

A distribuição mensal aponta três casos em janeiro, seis em fevereiro, três em março, dois em abril, três em maio, três em junho, nenhum em julho, um em agosto, três em setembro e dois em outubro.

No cenário nacional, mais de mil feminicídios já foram contabilizados somente em 2025, conforme informaram os organizadores do protesto, ressaltando a urgência de combater a violência de gênero.

Canais de denúncia

Qualquer pessoa pode comunicar tentativas de feminicídio, estupros ou outras formas de agressão contra a mulher pelos seguintes telefones:

  • 197 – Disque Denúncia da Polícia Civil;
  • 180 – Central de Atendimento à Mulher;
  • 190 – Polícia Militar, em situações de emergência.

Os organizadores do ato em João Pessoa reforçaram que todas as denúncias podem ser feitas de forma anônima e que a rapidez na comunicação às autoridades pode salvar vidas.

Além das reivindicações imediatas, o “Levante Mulheres Vivas” pretende manter a agenda de mobilizações até que sejam apresentados planos de ação concretos e cronogramas de execução para reduzir a violência machista no país. Em João Pessoa, os participantes encerraram o protesto por volta do início da noite, após exibir faixas e entoar canções que pedem respeito e justiça para as vítimas.

Com informações de Jornaldaparaiba