Daniela Marys de Oliveira, 35 anos, arquiteta mineira que vivia em João Pessoa (PB), está detida há sete meses no Camboja sob acusação de tráfico de drogas. O julgamento está marcado para a próxima quinta-feira, 23 de outubro.
Viagem em busca de emprego
A família relata que Daniela, fluente em inglês, enviou currículos pela internet até encontrar uma oferta temporária para trabalhar em telemarketing no Camboja. Mesmo contra a vontade dos parentes, ela embarcou no fim de janeiro de 2025.
Contato interrompido e pedido de dinheiro
Até fevereiro, mãe e filha se comunicavam normalmente por aplicativos de mensagens. Em março, parentes passaram a receber textos suspeitos de pessoas que se faziam passar por Daniela. Os supostos golpistas solicitaram US$ 4 mil (cerca de R$ 27 mil) para quitar uma multa por rescisão contratual, valor que foi transferido pela família.
Acusação de tráfico
Em seguida, a arquiteta informou por telefone que havia sido presa. Segundo ela, cápsulas com drogas teriam sido escondidas no banheiro do alojamento onde vivia após ter se recusado a participar de um esquema de golpes online. Daniela afirma que foi detida injustamente.
Condições na prisão
De acordo com os parentes, a brasileira divide uma cela “superlotada”, com cerca de 90 mulheres, e já apresentou problemas de saúde. A família diz receber apenas respostas protocolares do Ministério das Relações Exteriores.
Imagem: Internet
Posicionamento do Itamaraty
Em nota, o Itamaraty informou que acompanha o caso por meio da Embaixada e presta a assistência consular cabível “em conformidade com o Protocolo Operativo Padrão de Atendimento às Vítimas Brasileiras do Tráfico Internacional de Pessoas”. O órgão revelou ter prestado apoio, em 2024, a 63 brasileiros em situações de tráfico de pessoas, sendo 41 no Sudeste Asiático.
Com informações de G1



