O Governo da Paraíba reconheceu, nesta quinta-feira (11), o município de Cabaceiras, no Cariri paraibano, como Capital Paraibana do Cinema. A designação está prevista na Lei nº 14.166, de autoria do deputado estadual João Paulo Segundo (PP), publicada no Diário Oficial do Estado.
De acordo com o texto legal, o novo título tem a finalidade de reforçar a identidade cultural da cidade — conhecida nacionalmente como “Roliúde Nordestina” — e de impulsionar políticas voltadas à preservação do patrimônio artístico, histórico e arquitetônico local. A legislação também busca estimular o turismo cinematográfico e fortalecer a economia criativa, posicionando a Paraíba como polo de produção audiovisual.
‘Roliúde Nordestina’
Com pouco mais de 5 mil habitantes, Cabaceiras ganhou projeção nacional depois de servir de cenário para dezenas de produções de cinema, televisão, publicidade e streaming. Nos últimos 20 anos, mais de 50 filmes, novelas e séries foram rodados na região.
A obra que consolidou a fama do município foi “O Auto da Compadecida”, adaptação do texto de Ariano Suassuna realizada no fim da década de 1990. Desde então, o fluxo de equipes de filmagem se tornou parte da rotina da cidade, e a participação de moradores como figurantes é comum.
Durante as gravações, as residências do século XVIII — inconfundíveis pelas fachadas coloridas — costumam receber nova pintura custeada pelas produtoras. O hábito mantém as construções preservadas e cria, ao mesmo tempo, um ambiente que atrai turistas interessados em conhecer os cenários vistos na tela.
Com o reconhecimento oficial, o governo estadual pretende consolidar Cabaceiras no calendário audiovisual brasileiro, abrir espaço para novos projetos independentes e oferecer meios de capacitação para profissionais locais do setor. A expectativa é que o título gere maior visibilidade ao município e amplie oportunidades de renda para a população por meio do turismo e de serviços ligados às filmagens.
O decreto entra em vigor na data de sua publicação e não altera outras legislações culturais já existentes no estado.
Com informações de G1



