A quinta-feira, 11 de dezembro, começa com duas decisões de peso em Brasília. Em votação que contrariou determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara dos Deputados decidiu manter o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). No mesmo dia, o Banco Central optou por não alterar a taxa básica de juros, fixada em 15% ao ano.

Câmara desafia STF e garante permanência de Zambelli

Em sessão plenária, a maioria dos deputados federais votou a favor da continuidade do mandato de Carla Zambelli. A medida contraria decisão anterior do STF, que havia determinado a perda do cargo da parlamentar. Presa na Itália desde julho, Zambelli aguarda o andamento do processo de extradição para o Brasil. Mesmo ausente e encarcerada, a deputada permanece oficialmente no exercício do mandato, preservando todas as prerrogativas parlamentares.

O resultado expõe mais um capítulo do embate entre Legislativo e Judiciário. Ao optar por manter a parlamentar no cargo, a Câmara reforçou o entendimento de que a Casa tem a palavra final sobre a cassação de mandatos de seus membros. Ainda assim, a decisão poderá ser contestada em novas ações judiciais.

Entre os presentes, governistas tentaram adiar a deliberação, mas não houve consenso para suspensão da votação. Com o placar definido, líderes partidários afirmaram que, neste momento, não há previsão de reavaliação do caso.

Banco Central segura Selic em 15% ao ano

Em outra frente, o Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano. Ao optar pela estabilidade dos juros, a autoridade monetária sinalizou continuidade da estratégia atual, sem avanços ou recuos no custo básico do crédito.

A manutenção da Selic tende a impactar os diferentes setores da economia de forma direta, pois a taxa serve como referência para empréstimos, financiamentos e rendimento de aplicações atreladas à taxa básica. Com a decisão, consumidores e empresas seguirão pagando o mesmo patamar de juros praticado desde o último ajuste.

Apesar de pressões de segmentos empresariais por reduções no índice, o Banco Central não indicou alteração imediata no rumo da política monetária. A próxima reunião, em data ainda a ser confirmada, voltará a avaliar o cenário econômico e eventuais mudanças na taxa básica.

Com as definições desta quinta-feira, o Legislativo e a autoridade monetária mantêm o curso de decisões já aguardadas nos bastidores, influenciando a agenda política e econômica nacional nos últimos dias antes do recesso parlamentar.

Com informações de Paraibaonline