João Pessoa (PB) – Imagens de circuito interno obtidas pela Polícia Civil da Paraíba mostram a última vez em que o empresário Sérgio Leandro de Almeida Borba, 47 anos, foi visto com vida. O registro foi feito no sábado, 6 de dezembro, às 16h54, no bairro de Gramame, zona sul da capital paraibana. Três dias depois, nesta terça-feira (9), o corpo dele foi localizado carbonizado em uma área de matagal no município de Baía Formosa, litoral sul do Rio Grande do Norte.
Nas gravações, Sérgio aparece descarregando caixas de um automóvel para o interior de um prédio. Outras pessoas participam da movimentação. Após concluir o serviço, ele deixa o local dirigindo o mesmo veículo. De acordo com a investigação, essa foi a última movimentação confirmada da vítima antes do desaparecimento.
A filha do empresário registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Itabaiana na segunda-feira (8), depois de tentar contato sem sucesso com o pai. Naquela mesma noite, familiares receberam mensagens de emergência enviadas por Sérgio via SMS.
Prisão de suspeitos
No decorrer da terça-feira (9), três homens foram detidos no distrito de Café do Vento, zona rural de Sobrado, na Paraíba. Eles são suspeitos de participação no homicídio e, segundo o delegado Rodrigo Carvalho, integram uma organização criminosa voltada a crimes patrimoniais. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) monitorou dois automóveis ligados ao grupo e realizou a abordagem na BR-230, altura de Sobrado, onde ocorreu a prisão. Os detidos aguardarão audiência de custódia.
Investigação
Informações preliminares da perícia realizada no local onde o corpo foi achado não identificaram lesões de disparos de arma de fogo ou perfurações por objeto cortante, apenas marcas de carbonização. Um exame de necropsia será conduzido pela Polícia Científica do Rio Grande do Norte para esclarecer a causa da morte.
O inquérito está a cargo da Delegacia de Baía Formosa, em cooperação com a Delegacia de Itabaiana, responsável pelo registro do desaparecimento. A motivação apontada até o momento é a atividade de Sérgio Borba no ramo de eventos, porém a polícia ainda não detalhou de que forma esse fator se relaciona com o crime.
Os investigadores continuam coletando depoimentos, analisando imagens de câmeras próximas e verificando dados de telefonia para reconstruir os deslocamentos da vítima entre os estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
Com informações de G1



