O diretor-geral da Agência Estadual de Vigilância Sanitária da Paraíba (Agevisa-PB), Geraldo Moreira, informou nesta segunda-feira (6) que a bebida recolhida após a morte de um homem em Baraúna, no Seridó paraibano, é considerada produto pirata por não possuir registro junto aos órgãos de controle. Amostras serão enviadas para análise a fim de verificar a presença e o nível de metanol.

Francisco Rariel Dantas, 32 anos, morreu no sábado (4) depois de ter sido atendido, na sexta-feira (3), no Hospital Regional de Picuí com quadro clínico grave e sintomas compatíveis com intoxicação por metanol decorrente de bebida alcoólica adulterada.

Equipes da Agevisa-PB foram ao mercadinho onde a vítima comprou o produto e encontraram apenas três litros da bebida. Com apoio da Polícia Civil, os fiscais rastrearam o fornecedor e localizaram um depósito com uma quantidade muito maior do mesmo líquido, que foi lacrado para perícia.

A inspeção do material será feita em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), responsável por análises laboratoriais e pelo registro de bebidas. “Vamos verificar se o teor de metanol está acima do permitido”, declarou Moreira.

Segundo o diretor, a ausência de registro no MAPA caracteriza o item como pirata, embora ainda não haja confirmação de falsificação ou de concentração irregular de metanol. “O rótulo não apresenta nenhuma informação sobre fabricante ou distribuidor”, ressaltou.

Uma força-tarefa formada por Agevisa-PB, Polícia Civil e demais órgãos de saúde e segurança pública se reúne na tarde desta segunda-feira para definir novas ações de combate à circulação de bebidas possivelmente adulteradas no estado.

Moreira lembrou que cabe ao MAPA regularizar fabricantes, estabelecer padrões de identidade e qualidade e conceder registros, enquanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) define normas sanitárias; a fiscalização é realizada pelo MAPA e pelas vigilâncias sanitárias estaduais e municipais.

Com informações de ClickPB