Quem: Daniela Marys de Oliveira, 35 anos, arquiteta mineira que vivia em João Pessoa (PB) desde novembro de 2024.
O que: Ela deve comparecer ao tribunal cambojano nesta quinta-feira (23) para responder à acusação de tráfico de drogas.
Quando: A audiência está marcada para 4h30 (horário de Brasília).
Onde: Camboja, país para o qual viajou no fim de janeiro de 2025 após aceitar vaga temporária de telemarketing.
Como: Segundo a mãe, Myriam Marys, um advogado local foi contratado pela família para fazer a defesa. O Itamaraty informou que acompanha o caso e presta assistência consular.
Família alega engano e tráfico humano
De acordo com relatos da mãe, Daniela teria sido vítima de um esquema de tráfico humano. Ainda em fevereiro, mãe e filha mantinham contato regular; em março, golpistas teriam usado a conta da brasileira para pedir US$ 4 mil (cerca de R$ 27 mil) alegando multa trabalhista. Após a transferência do valor, Daniela telefonou informando que estava presa sob acusação de tráfico, afirmando que drogas foram plantadas depois que se recusou a participar de golpes on-line.
Imagem: Internet
Condições da prisão
Relatório da Anistia Internacional aponta superlotação e violações de direitos humanos nos presídios cambojanos. Segundo a família, Daniela divide cela com cerca de 90 mulheres, em unidade que já registrou mortes e inundações.
Penas previstas
A Lei de Controle de Drogas do Camboja (2012) estabelece:
- Tráfico: de 2 a 20 anos de prisão;
- Posse: de 2 a 5 anos (até 10 em caso de reincidência);
- Consumo: de 1 a 6 meses (até 1 ano em reincidência).
Atuação do Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores declarou ter conhecimento da situação e que a embaixada brasileira realiza “gestões junto ao governo cambojano” dentro do Protocolo Operativo Padrão de Atendimento às Vítimas Brasileiras do Tráfico Internacional de Pessoas. Em 2024, 63 brasileiros receberam esse tipo de assistência, 41 deles no Sudeste Asiático.
Com informações de g1.globo.com



