A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) identificou mais de 200 ligações clandestinas e desvios ao longo da adutora que abastece Brejo do Cruz e Belém do Brejo do Cruz, no Sertão paraibano. A fiscalização, realizada com o apoio do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Polícia Militar e Polícia Civil, ocorreu durante quatro operações em 2025, incluindo a mais recente, concluída em 16 de outubro.
O presidente em exercício da Cagepa, Isaac Veras, afirmou que a iniciativa conjunta busca garantir o uso responsável da água e proteger o direito dos moradores a um fornecimento estável. “É inaceitável que cidades inteiras sejam prejudicadas pela ação criminosa de algumas pessoas”, declarou.
Segundo o gerente regional do Rio do Peixe, Basílio Vale, as intervenções na tubulação já aumentaram a vazão de 35 m³/h para 85 m³/h. O objetivo é alcançar a capacidade original do sistema, de 115 m³/h, por meio de fiscalizações contínuas.
As equipes percorreram toda a extensão da adutora, realizando inspeções visuais, escavações pontuais, medições e georreferenciamento dos trechos irregulares. Conforme Vale, a maioria dos desvios era usada para irrigação, abastecimento particular e enchimento de pequenos açudes.
Os dados coletados estão sendo encaminhados ao Judiciário. O furto de água se enquadra no artigo 155 do Código Penal, com pena de reclusão de um a quatro anos e multa. A Cagepa também aplica punições administrativas, como suspensão do fornecimento e multas de até R$ 10 mil.
Imagem: Internet
A população pode denunciar irregularidades de forma anônima pelo telefone 115, pelo WhatsApp (83) 98198-4495 ou pelos canais digitais da companhia, incluindo o site e o aplicativo da Cagepa.
Com informações de MaisPB



