O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou nesta quinta-feira (23) que a Casa deverá votar já na próxima semana o pacote de corte de gastos proposto pelo governo, enquanto a revisão das isenções tributárias ficará para um momento posterior.

“Isenções ainda não, ficará mais para a frente um pouco. Mas queremos avançar”, declarou Motta após reunião com líderes partidários em Brasília.

Questionado sobre a data exata da votação, o deputado disse que o tema integra a pauta do plenário, mas que o governo ainda define “o veículo” que será usado para compensar as perdas decorrentes da MP 1.303, medida provisória que tratava da alta do IOF.

Orçamento de 2026 em foco

O Executivo busca formas de recompor o Orçamento de 2026 depois de sucessivas derrotas no Congresso. No início do mês, uma medida provisória que aumentava a arrecadação perdeu a validade sem ser votada, após a derrubada de um decreto que elevava o Imposto sobre Operações Financeiras.

Diante do impasse, o governo decidiu fatiar sua proposta em três frentes:

• corte de despesas;
• redução de isenções tributárias;
• projeto para elevar receitas com maior tributação sobre casas de apostas, fintechs e juros sobre capital próprio.

Câmara prioriza corte de despesas e adia análise sobre isenções tributárias, afirma Hugo Motta - Imagem do artigo original

Imagem: Internet

A divisão foi acertada em reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início desta semana.

Na última terça-feira (21), Haddad afirmou a jornalistas que há “mais apoio” para aprovar os cortes, estimados em R$ 15 bilhões. A parte que eleva a arrecadação — cerca de R$ 20 bilhões —, porém, tende a enfrentar maior resistência parlamentar.

Com informações de MaisPB