Mais de 10 mil crianças e adolescentes, com idades entre 5 e 17 anos, foram submetidos ao trabalho infantil na Paraíba em 2024, de acordo com dados do Ministério Público do Trabalho (MPT). O número representa aumento de 37% em relação ao período anterior e contraria a meta nacional de erradicar a prática até 2030.
O procurador do Trabalho Raulino Maracajá ressaltou que o crescimento no estado supera a variação registrada em nível nacional, onde o aumento foi de 2,1% segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.
Perfil das vítimas
Entre as crianças e adolescentes explorados, 66% são negros, evidenciando o impacto do racismo estrutural na incidência do trabalho infantil no país.
Efeitos na educação
A participação dessas crianças no mercado de trabalho compromete a frequência escolar. Enquanto 97,5% dos brasileiros de 5 a 17 anos estão matriculados, apenas 81,8% dos que trabalham frequentam efetivamente a escola. A evasão aumenta conforme a idade avança, reduzindo perspectivas de desenvolvimento e inserção profissional futura.
Ações de combate
Para enfrentar o problema, o MPT desenvolve o Prêmio MPT na Escola, iniciativa que busca mobilizar estudantes, incentivar produções culturais sobre direitos da infância e reconhecer educadores engajados na proteção de crianças e adolescentes. Os melhores trabalhos são premiados e divulgados, reforçando a conscientização sobre a necessidade de acabar com o trabalho infantil.
Imagem: Internet
Apesar das ações de prevenção, os dados de 2024 indicam que o desafio permanece significativo na Paraíba, exigindo esforços contínuos de órgãos públicos, escolas e sociedade para reduzir a exploração de menores no estado.
Com informações de Paraíba.com.br



