Rio de Janeiro – Gilberto Gil, sua esposa Flora Gil, os irmãos de Preta Gil (Nara, Marília, Bela, Maria, Bem e José) e o filho da cantora, Francisco, ingressaram com ação de indenização por danos morais contra o padre Danilo César de Sousa Bezerra, de 31 anos. O processo, protocolado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, pede R$ 370 mil de reparação.
O religioso, responsável pela Paróquia de São José, em Areial, no Agreste da Paraíba, é investigado por intolerância religiosa depois de comentários feitos durante uma missa transmitida ao vivo em 27 de julho, data do 17º Domingo do Tempo Comum na Igreja Católica. Na homilia, ele questionou: “Cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil?”, associando a fé da artista em religiões de matriz afro-indígena à morte dela, ocorrida nos Estados Unidos por causa de um câncer colorretal.
De acordo com a petição, as declarações foram reproduzidas em uma live e, posteriormente, nas redes sociais, estimulando uma “onda de racismo religioso e intolerância”. Além dos comentários sobre a cantora, o padre chamou práticas de matriz afro-indígena de “coisas ocultas” e disse que “queria que o diabo levasse” quem recorresse a elas.
Investigações na Paraíba
Na esfera criminal, a Polícia Civil da Paraíba conduz três inquéritos contra Danilo César por denúncias de intolerância religiosa. A delegada Socorro Silva, responsável pelos casos, informou que o relatório final deve ser concluído ainda esta semana.
Ouvido pela polícia, o padre negou ter intenção de desrespeitar outras crenças ou a memória de Preta Gil. Ele alegou estar apenas pregando a doutrina católica. Procurada, a Diocese de Campina Grande, à qual pertence a paróquia, não se manifestou até a última atualização desta reportagem.
Imagem: Internet
O vídeo da missa foi retirado do canal da paróquia no YouTube após a repercussão negativa.
Com informações de Jornal da Paraíba



