Um acidente na PR-482, em Maria Helena, noroeste do Paraná, quase terminou em tragédia na manhã de 3 de outubro. O veículo em que a gestante Luciana Araújo, 42 anos, seguia para a maternidade capotou durante a chuva, mas, graças ao socorro de motoristas que passavam pela rodovia, mãe e bebê chegaram ao hospital a tempo.

Com 37 semanas de gestação, Luciana viajava com o marido, Alexandre Moro dos Santos, 38, e a filha mais velha, Camila Gabrielly Araújo da Silva, 21, de Cidade Gaúcha até Umuarama, distante cerca de 22 km, para avaliação médica. A cesariana estava marcada para 17 de outubro, mas as contrações começaram na noite anterior.

Perda de controle na curva

Por volta das 11h, no quilômetro 108, Alexandre perdeu o controle do automóvel em uma curva molhada. O carro atravessou a pista, retornou e acabou capotando. Todos ficaram inconscientes por alguns instantes. Ao recobrar os sentidos, Camila conseguiu abrir a porta e pedir ajuda na rodovia, onde um caminhão e dois carros pararam.

Viajantes retiraram Luciana do veículo e a levaram imediatamente para o hospital em Umuarama. Alexandre, com dores no pescoço e nas costas, permaneceu no local até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Pela dimensão do acidente, é um milagre estarmos vivos”, afirmou Luciana.

Nascimento de Vicente

Na maternidade, a gestante passou por cardiotocografia e foi levada ao centro cirúrgico. A cesariana demorou mais que o previsto porque o bebê mudou de posição após o impacto. Ainda assim, Vicente Araújo Moro nasceu saudável, com quase 3 kg e 47 cm. O recém-nascido precisou de oxigênio por alguns minutos, mas logo foi liberado para o quarto. Mãe e filho receberam alta na tarde de 4 de outubro.

Estado de saúde da família

Luciana permanece com dores e hematomas decorrentes do acidente e da cirurgia. Camila teve uma fratura na clavícula e usa tipoia. Alexandre, com fratura na cervical, segue internado, sem risco de morte, aguardando exames que indicarão a necessidade de cirurgia. Ele já foi autorizado a levantar-se e caminhar pelo quarto.

“Somos gratos pelo livramento. O dia 3 de outubro de 2025 marcou nosso renascimento”, concluiu Luciana, que também agradeceu às pessoas que prestaram socorro e às equipes médicas que atenderam a família.

Com informações de G1