Documentos da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) revelam que a Licença de Instalação nº 2794/2025, concedida para obras na orla de Camboinha, em Cabedelo, autoriza intervenções urbanísticas apenas se forem preservados todos os coqueiros e demais espécies arbóreas existentes no local.
A autorização, assinada pelo superintendente Marcelo Antônio Carreira Cavalcante e pela diretora técnica Joanna Regis Nóbrega Sobreira, abrange o trecho entre as ruas Karina Zagel Mendonça e Maurílio Alves. Entre as condicionantes, o texto determina “a preservação integral das árvores e coqueiros nativos”, vedando a derrubada ou supressão sem aval prévio da Sudema.
Moradores de Camboinha e Areia Dourada afirmam, entretanto, que coqueiros com mais de 50 anos foram removidos para abrir espaço a um calçadão e áreas de lazer. As queixas apontam contradição entre a licença e a retirada das árvores, supostamente realizada em plena luz do dia.
Suspensão judicial
No dia seguinte à derrubada, decisões da Justiça Federal e da Justiça Estadual suspenderam imediatamente as obras. Os magistrados citaram risco de dano irreversível à flora costeira e indicaram possíveis irregularidades na execução do projeto.
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Com os trabalhos parados por ordem judicial, moradores aguardam posicionamento do Ministério Público Federal e da própria Sudema sobre medidas de reparação ambiental e garantia do cumprimento das condições impostas pela licença.
Com informações de ClickPB



