Afonso Henrique Alves, 29 anos, neto da líder sindical Margarida Maria Alves, morreu após uma troca de tiros em frente a um bar no bairro do Geisel, em João Pessoa, na noite de segunda-feira (13). A informação foi confirmada pelo pai da vítima, Arimateia Alves.

O sepultamento ocorreu na tarde de quarta-feira (15) no cemitério do bairro do Cristo, também na capital paraibana. Durante a cerimônia, o pai de Afonso lembrou o assassinato da própria mãe, em 1983, e classificou a morte do filho como “segunda tragédia” em sua vida.

Família cobra explicações

Arimateia Alves afirmou que a família quer respostas sobre o que motivou o tiroteio. Ele pediu que a Polícia Civil identifique todos os envolvidos: “Se ele atirou, nada justifica outra pessoa disparar para matar”, declarou.

Segundo o pai, Afonso trabalhava como garçom, era casado e tinha dois filhos menores de idade.

Investigação

A delegada Luisa Correia, chefe do Núcleo de Homicídios da capital, informou que o inquérito segue em andamento, mas não divulgou detalhes para não prejudicar as investigações.

Outra vítima baleada

Um homem de 34 anos também foi atingido na troca de tiros e foi levado ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. A unidade confirmou que ele permanece internado, com estado de saúde estável.

Neto de Margarida Maria Alves morre em troca de tiros em bar de João Pessoa - Imagem do artigo original

Imagem: Internet

Como aconteceu

De acordo com a Polícia Civil, o desentendimento entre as duas vítimas culminou em disparos mútuos na área externa de um bar localizado na Avenida Juscelino Kubitschek, no Geisel. Imagens gravadas por clientes mostram a correria no momento dos tiros. Socorristas do Samu e do Corpo de Bombeiros prestaram os primeiros atendimentos ainda no local.

Quem foi Margarida Maria Alves

Margarida Maria Alves, nascida em 5 de agosto de 1933, presidiu o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande por 12 anos. Reconhecida pela defesa dos direitos trabalhistas no campo, foi assassinada em 12 de agosto de 1983, aos 50 anos, com um tiro de escopeta disparado por um pistoleiro na porta de casa. Mais de quatro décadas depois, ninguém foi condenado pelo crime.

Com informações de Jornal da Paraíba