A American Heart Association (AHA) atualizou, neste mês de outubro, as orientações de primeiros socorros e passou a indicar que, em casos de engasgo, a primeira ação sejam cinco pancadas nas costas — e não mais as compressões abdominais da manobra de Heimlich. A mudança vale para bebês, crianças e adultos conscientes.

Procedimento para bebês de até um ano

Para lactentes, o protocolo determina alternar cinco pancadas nas costas e cinco compressões no peito até que o objeto seja expelido ou até que o bebê perca a consciência.

Antes de iniciar, é preciso confirmar o engasgo: ausência de choro, tosse ou respiração, mudança de cor na pele ou corpo flácido indicam obstrução total.

O passo a passo é o seguinte:

  • apoie o bebê de bruços sobre o antebraço, mantendo a cabeça mais baixa que o corpo;
  • aplique cinco pancadas firmes entre as escápulas;
  • vire o bebê de barriga para cima e realize cinco compressões torácicas com a base da mão;
  • repita a sequência até a desobstrução ou até o bebê desmaiar.

Se houver perda de consciência, inicia-se a RCP, com 30 compressões torácicas usando os dois polegares, seguidas de duas ventilações.

Procedimento para crianças maiores e adultos

Para vítimas acima de um ano, o socorrista deve verificar a obstrução total — ausência de tosse, som ou respiração. Confirmado o engasgo, procede-se assim:

  • posicionar-se atrás da pessoa, que deve ficar levemente inclinada para a frente;
  • dar cinco pancadas fortes nas costas com o calcanhar da mão;
  • caso o objeto não saia, aplicar a manobra de Heimlich: fechar um punho, colocar entre o umbigo e o osso do peito, segurar com a outra mão e pressionar para dentro e para cima;
  • alternar pancadas nas costas e compressões abdominais até a desobstrução ou até a vítima perder a consciência.

Se a pessoa desmaiar, ela deve ser deitada e receber compressões torácicas no ritmo de 100 a 120 por minuto, conforme o protocolo de RCP.

As recomendações integram as novas Diretrizes de Primeiros Socorros, Ressuscitação Cardiopulmonar e Emergências Cardiovasculares divulgadas pela AHA.

Com informações de Jornal da Paraíba