Em João Pessoa, o Projeto Chega Junto, coordenado pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Cidadania (Semusb), oferece moradia provisória, qualificação profissional e assistência integral a pessoas em situação de rua. A iniciativa foi criada em 2013 pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, ficou suspensa por alguns anos e voltou a funcionar na capital paraibana em 2023.
Segundo o secretário de Segurança Urbana e Cidadania, Dudu Soares, o programa atua em várias frentes para garantir direitos fundamentais, reconstruir vínculos sociais e estimular a autonomia dos participantes. Atualmente, 20 homens, com idades entre 29 e 59 anos, vivem na casa de acolhimento do projeto, que já atendeu 154 pessoas desde a reativação.
Moradia e documentação
Com apoio da Secretaria de Habitação (Semhab), os beneficiários são inscritos no Minha Casa, Minha Vida e, quando necessário, encaminhados ao auxílio-aluguel por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). A equipe também providencia documentos por meio do Programa Cidadão, Junta Militar e Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), além da inclusão no CadÚnico e em programas como o Bolsa Família.
Emprego e capacitação
Em parceria com o Sistema Nacional de Emprego de João Pessoa (Sine-JP), o projeto cadastra os acolhidos em vagas compatíveis com suas habilidades. Técnicos apoiam na elaboração de currículos e acompanham o desenvolvimento profissional.
Saúde e autocuidado
O acompanhamento clínico é oferecido pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD), pelo Consultório de Rua e pelas equipes do Programa de Saúde da Família (USF). O tratamento odontológico ocorre no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO). Cortes de cabelo e rodas de escuta psicológica completam o cuidado diário.
Imagem: Internet
Lazer e convivência
Passeios ao Parque Zoobotânico Arruda Câmara, ao Parque Solon de Lucena e à orla, além de sessões de cinema, karaokê, aulas de música, educação física e piqueniques, reforçam autoestima e socialização. Oficinas de horta, percussão, reuniões semanais e rodas de diálogo integram a rotina conduzida por equipe multidisciplinar.
A coordenadora do projeto, Deborah Melo, destaca que o suporte continua após a saída dos participantes. “Realizamos visitas domiciliares, acompanhamos o local de trabalho e mantemos diálogo com familiares para garantir os primeiros passos depois do processo de redução de danos”, explicou.
Com informações de paraiba.com.br



