João Pessoa (PB) – A Unimed protagonizou, na última sexta-feira (10), a primeira telecirurgia robótica do mundo conduzida por meio de conexão de internet convencional e de baixo custo. O procedimento integrou a programação da 54ª Convenção Nacional Unimed, realizada no Centro de Convenções de João Pessoa, e foi celebrado nesta segunda-feira (13) pelo presidente da Unimed João Pessoa, Gualter Ramalho.

Na fase experimental, uma equipe localizada em Curitiba (PR) operou um suíno nas instalações do centro de treinamento cirúrgico Scolla, enquanto o robô foi controlado a 3.200 quilômetros de distância, diretamente do auditório do evento na capital paraibana. Segundo Ramalho, além de marco mundial, trata-se da primeira telecirurgia da América Latina realizada entre cidades separadas por essa distância.

A iniciativa faz parte do Programa de Cirurgia Robótica e Telecirurgia da Unimed do Brasil, coordenado pela Diretoria de Mercado e Marketing e liderado por Gualter Ramalho. O projeto busca ampliar o acesso a procedimentos robóticos no país, aliando tecnologia, segurança e atendimento humanizado.

Cooperação nacional e internacional

O feito envolveu parcerias com as empresas Scolla, David Medical, Edge Medical e Ortoteck, além de uma missão técnica à China em abril deste ano. Os trabalhos reuniram profissionais de tecnologia da informação de cooperativas de várias regiões, como Unimed João Pessoa, Unimed do Brasil e Unimed Federação Paraná.

A operação também contou com suporte da Soow Sigma (firewall), da Fortinet (configuração de rede) e da HostDime Brasil (estabilidade de conexão). Na assistência ao animal esteve a médica veterinária Thaís Casagrande, com aprovação de comitês de ética em pesquisa animal em Curitiba e João Pessoa.

Unimed realiza primeira telecirurgia robótica do mundo usando internet de baixo custo - Imagem do artigo original

Imagem: Departamento de Marketing e Mídias do Sista Arapuan

Repercussão

O presidente da Unimed do Brasil, Omar Abujamra Junior, parabenizou a equipe e destacou que a realização “abre fronteiras” para a telecirurgia no país. Já o CEO da Scolla, Marcelo Loureiro, afirmou que a modalidade “já é uma realidade”.

Para Gualter Ramalho, o resultado demonstra que a inovação não depende de conexões de alto custo, mas da colaboração entre diferentes áreas do conhecimento e do cooperativismo em saúde.

Com informações de Paraíba.com.br