João Pessoa – Eduardo Paredes, condenado a 12 anos de prisão pela morte da então defensora pública-geral da Paraíba, Fátima Lopes, foi apontado pela Polícia Federal como um dos candidatos favorecidos pelo esquema de fraudes em certames públicos conhecido como “Máfia dos Concursos”.

Ligação com o grupo investigado

O nome de Paredes apareceu no inquérito que apura a atuação de uma família de Patos, no Sertão paraibano, suspeita de vender aprovações em concursos por valores que chegavam a R$ 500 mil. Durante a investigação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e analisados aparelhos eletrônicos.

Em um dos dispositivos, policiais localizaram a transferência de R$ 7.310,37 feita por Paredes a Laís Giselly Nunes de Araújo, esposa de um dos líderes da organização. Segundo a PF, o pagamento seria parte do acordo para garantir a aprovação de Paredes no Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2024.

Gabaritos idênticos

Relatórios da corporação indicam que o gabarito de Paredes na prova para Auditor Fiscal do Trabalho era idêntico ao de Valmir Sousa e Ariosvaldo Júnior, também investigados. Com o suposto auxílio da quadrilha, ele foi aprovado na primeira etapa, mas acabou reprovado no curso de formação.

Laís Giselly, que também prestou o mesmo concurso, passou pela prova objetiva mas não concluiu o curso de formação. O Ministério Público Federal pediu que a Justiça mantenha Paredes como investigado, alegando a possibilidade de recuperação no curso e posterior posse.

Condenação por homicídio

O réu foi condenado em março de 2013 por homicídio doloso e lesão corporal culposa. O acidente ocorreu em 24 de janeiro de 2010, no cruzamento da Avenida Epitácio Pessoa com a Rua João Domingos, bairro de Miramar, em João Pessoa. Segundo a sentença, ele dirigia em alta velocidade, sob efeito de álcool e ultrapassou o sinal vermelho, causando a morte de Fátima Lopes e ferindo gravemente o marido dela, Carlos Martinho.

Paredes também foi investigado por outro acidente fatal, que provocou a morte da comerciante Maria José dos Santos, em junho de 2010, na capital paraibana.

A defesa de Eduardo Paredes não foi localizada até a última atualização deste texto.

Com informações de g1