A liberação do décimo terceiro salário deve movimentar aproximadamente R$ 3,72 bilhões na economia paraibana até dezembro de 2025. O montante corresponde a cerca de 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual e representa rendimento médio estimado em R$ 2.199,35 por beneficiado.

O cálculo é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Segundo o órgão, o valor previsto para circular na Paraíba equivale a 1,2% de tudo o que será pago em décimo terceiro no país e responde por 7,3% dos recursos destinados à região Nordeste.

Como o dinheiro será distribuído no estado

Do total projetado para a Paraíba, 60% ficarão com trabalhadores do mercado formal, parcela que soma cerca de R$ 2,2 bilhões. Beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) receberão 26,1%, quantia estimada em R$ 973,7 milhões.

Entre os aposentados e pensionistas vinculados a regimes próprios, os servidores estaduais vão concentrar 7,1% do volume, algo em torno de R$ 263,7 milhões. Os regimes próprios municipais, por sua vez, responderão por 6,7%, totalizando R$ 250,6 milhões.

Impacto no cenário nacional

No mesmo período, o pagamento do décimo terceiro deve injetar R$ 369,4 bilhões na economia brasileira, o equivalente a 2,9% do PIB do país. Desse total, R$ 260 bilhões (70,4%) serão direcionados a empregados com carteira assinada, inclusive trabalhadores domésticos.

Os aposentados e pensionistas de todo o Brasil ficarão com 29,6% dos recursos, o que corresponde a R$ 109,5 bilhões. Dentro desse grupo, 34,8 milhões de beneficiários do INSS devem receber R$ 64,8 bilhões.

Os números divulgados pelo DIEESE consideram pagamentos realizados a empregados formais, segurados da Previdência Social e aposentados ou pensionistas vinculados a regimes próprios da União, dos estados e dos municípios. O décimo terceiro é pago em duas parcelas, tradicionalmente entre novembro e dezembro, mas as liberações podem se estender conforme calendário definido por cada ente empregador e pelas regras dos institutos de previdência.

Com a soma de salários extras, o comércio e o setor de serviços tendem a ser os primeiros a perceber o incremento na circulação de dinheiro, já que grande parte dos trabalhadores utiliza a remuneração adicional para quitar dívidas ou realizar compras de fim de ano. Segundo o DIEESE, a importância do benefício não se limita ao consumo imediato: a entrada de bilhões de reais reforça a arrecadação de impostos e ajuda a sustentar o nível de atividade econômica em um período tradicionalmente aquecido.

Com informações de Jornaldaparaiba