O deputado federal Gilberto Silva (PL) afirmou, nesta quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, que não houve qualquer excesso contra profissionais de imprensa durante o tumulto registrado na Câmara dos Deputados na noite anterior. Segundo o parlamentar, a presença de repórteres no local foi respeitada em todo momento, e não procede a acusação de agressões físicas ou verbais dirigidas aos jornalistas.
A confusão aconteceu na terça-feira, 9, depois que o deputado Glauber Braga (PSOL-SP) foi retirado do plenário. Braga ocupava a Mesa Diretora da Casa em protesto contra a votação do chamado projeto de dosimetria. A ação de segurança para remover o congressista, aliada ao clima já acalorado em torno da pauta, desencadeou o episódio de agitação que envolveu parlamentares e servidores.
De acordo com Gilberto Silva, qualquer abordagem feita durante o incidente teve como único objetivo assegurar o andamento da sessão. Ele reiterou que não fez, nem presenciou, agressões contra repórteres que acompanhavam a cobertura legislativa. “Em nenhum momento houve desrespeito à imprensa”, declarou, ao ser questionado por colegas e por veículos de comunicação na manhã desta quarta-feira.
O deputado acrescentou que considera “fundamental” a presença da mídia no Parlamento e classificou como “infundadas” as alegações de violência contra os profissionais que registravam os acontecimentos. Para ele, os episódios mais tensos se limitaram à retirada de Glauber Braga, sem repercussões diretas sobre quem trabalhava na cobertura jornalística.
O episódio envolvendo Braga começou quando o parlamentar do PSOL tomou a cadeira da presidência, numa tentativa de suspender a análise do projeto de dosimetria. A Mesa Diretora determinou sua retirada e, a partir desse momento, iniciou-se o tumulto que se estendeu por vários minutos. Enquanto agentes da Casa atuavam para desobstruir a Mesa, deputados se revezavam em manifestações de apoio e de crítica, aumentando a tensão dentro do plenário.
Apesar das acusações circularem logo após a sessão, Gilberto Silva enfatizou que, desde o término dos trabalhos, não houve registro formal de agressões contra jornalistas, seja por parte dele ou de qualquer outro parlamentar mencionado. O deputado frisou ainda que permanece à disposição para eventuais esclarecimentos internos, caso a direção da Câmara decida apurar o episódio.
Até o fechamento deste texto, não havia confirmação de abertura de processo disciplinar sobre o tumulto nem de investigação específica relativa a supostas agressões à imprensa.
Com informações de Paraibaonline



