O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (8) cotado a R$ 5,421, queda de 0,22%, mas permaneceu acima da marca de R$ 5,40, enquanto o Ibovespa avançou 0,52% e recuperou o nível dos 158 mil pontos.

A sessão começou com pressão de venda sobre a moeda norte-americana. Por volta das 10h50, a cotação chegou ao piso diário de R$ 5,38. Ao longo da tarde, entretanto, o movimento se inverteu e o preço da divisa tocou a máxima de R$ 5,46 às 12h30, antes de fechar ligeiramente abaixo desse patamar.

Mesmo com o recuo registrado no pregão, o dólar acumula alta de 1,62% em dezembro. No acumulado de 2025, contudo, a moeda ainda exibe desvalorização de 12,28% frente ao real.

No mercado de ações, o índice Ibovespa, principal referência da B3, encerrou o dia aos 158.187 pontos. O indicador chegou a praticamente zerar ganhos às 12h37, quando marcava alta de apenas 0,08%, mas recuperou fôlego na segunda metade do pregão e consolidou avanço de 0,52%.

Influência de fatores internos e externos

Analistas apontaram que o comportamento dos ativos brasileiros foi moldado por uma combinação de elementos internos e externos. No exterior, o fortalecimento do dólar durante a tarde exerceu pressão adicional sobre moedas de economias emergentes. Além disso, a queda de 2,2% nos preços do petróleo contribuiu para aumentar a cautela dos investidores.

Em âmbito doméstico, persistem as incertezas políticas relacionadas à sucessão presidencial de 2026. A pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) continua a gerar volatilidade tanto no câmbio quanto na renda variável. O parlamentar afirmou nesta segunda-feira que só desistirá da disputa caso o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, esteja apto a concorrer. Ainda hoje, Flávio tem encontro agendado com líderes do centrão para discutir o cenário eleitoral.

Operadores de mercado observaram que, embora o noticiário político siga no radar, a liquidez típica de dezembro e a proximidade do fim do ano limitam oscilações mais bruscas. Mesmo assim, movimentos pontuais, como declarações de pré-candidatos ou variações nas commodities, seguem capazes de provocar ajustes de curto prazo nos preços.

Para os próximos dias, investidores permanecem atentos à divulgação de indicadores econômicos locais e de dados de inflação nos Estados Unidos, que podem trazer novas pistas sobre o ritmo de cortes de juros pelo Federal Reserve em 2026. Qualquer sinalização nesse sentido tende a influenciar o fluxo de capitais para mercados emergentes, impactando diretamente a trajetória do real e da bolsa brasileira.

Com informações de Agência Brasil