O total de pessoas que procuram emprego há pelo menos dois anos encolheu 17,8% no terceiro trimestre de 2025, em comparação com igual período de 2024. O dado integra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, 1,2 milhão de brasileiros estavam nessa condição entre julho e setembro deste ano, o menor volume desde 2014. A retração acompanha o movimento de baixa observado em todas as faixas de tempo de procura por trabalho, refletindo a taxa de desocupação de 5,6% registrada no país no fim de outubro – a menor da série histórica iniciada em 2012.

Redução alcança todos os intervalos de busca

Além da diminuição no grupo que procura emprego há dois anos ou mais, o IBGE identificou quedas nas demais categorias:

Menos de um mês: 1,1 milhão de pessoas, retração de 14,2% ante o terceiro trimestre de 2024, menor patamar desde 2015.

Um mês a menos de um ano: 3 milhões de desocupados, queda de 12,2% e menor contingente já observado pela pesquisa.

Um ano a menos de dois anos: 666 mil brasileiros, recuo de 11,1% e novo piso histórico.

Com isso, todas as faixas temporais apresentaram o menor quantitativo já registrado ou, no mínimo, desde 2014. No recorte por participação, a maior parte dos desocupados (50,8%) permaneceu na faixa de um mês a menos de um ano de procura, enquanto apenas 19,5% buscavam trabalho havia dois anos ou mais, a menor proporção desde 2015.

Metodologia da Pnad Contínua

A pesquisa do IBGE avalia o mercado de trabalho entre pessoas de 14 anos ou mais, abrangendo empregos com carteira, sem carteira, temporários e atividades por conta própria. Para ser classificada como desocupada, a pessoa precisa ter procurado vaga nos 30 dias anteriores à entrevista.

O estudo visita 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal e, com base nas respostas, estima os indicadores nacionais e regionais de emprego e renda.

No terceiro trimestre de 2025, a retração do contingente de desocupados em todos os intervalos reforça a tendência de melhora no mercado de trabalho observada ao longo do ano, marcada por sucessivos recordes de baixa na taxa de desemprego.

Com informações de Agência Brasil