A TV e Rede Diário do Sertão abriu, na quarta-feira (17), a nova temporada do quadro Interview Personalidades. O primeiro convidado foi o governador da Paraíba, João Azevêdo, que falou sobre política, gestão pública e, principalmente, aspectos pouco conhecidos de sua vida familiar, musical e profissional.
Trajetória de engenheiro a chefe do Executivo
Formado em Engenharia Civil e professor aposentado do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Azevêdo lembrou que sempre ocupou cargos técnicos no Poder Executivo, participando de campanhas “por trás das cortinas”. A decisão de concorrer ao governo, em 2018, ocorreu após meses de conversas e reflexões. Naquelas primeiras sondagens, conta, seu nome era conhecido por apenas 5 % da população, o que o obrigou a percorrer o estado para se apresentar aos eleitores.
O governador atribui o êxito eleitoral ao que define como “governo de entregas”: organização fiscal e obras em todos os 223 municípios. Para ele, essa postura supera disputas partidárias. “Nunca tive problema em lidar com política, porque entendo que a melhor política é a execução de políticas públicas que mudam a vida das pessoas”, afirmou.
Projeto 2026: cadeira no Senado
Durante a conversa, Azevêdo confirmou que vai se licenciar do cargo para disputar uma vaga no Senado Federal em 2026. Ele diz ver a candidatura como extensão da missão iniciada no Palácio da Redenção. “Colocarei meu nome com tranquilidade, e caberá à população decidir”, declarou.
Família, música e lembranças de infância
No campo pessoal, o gestor comentou a convivência com a esposa Ana Maria Lins, três filhos e seis netos. Ele destacou a parceria da primeira-dama, presidente de honra do Programa do Artesanato Paraibano, especialmente nos momentos críticos da pandemia de covid-19.
O entrevistado revelou que, nos raros momentos de descanso, recorre ao violão para relaxar. Seu repertório inclui clássicos de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Beatles, Rolling Stones e Pink Floyd. O político se descreveu como um “rockeiro” que guarda um LP autografado por ex-integrante da banda britânica.
Ao lembrar a infância no bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa, Azevêdo falou das brincadeiras de rua e da influência do pai, falecido quando ele tinha 22 anos. Disse ainda que a determinação em ser engenheiro nasceu cedo e que, se pudesse, repetiria o caminho escolhido, “aprimorando um detalhe ou outro”.
Redes sociais e choque de gerações
Azevêdo avalia que as plataformas digitais modificaram a forma de interação, permitindo que usuários “se escondam atrás do celular”. Embora não seja contrário à tecnologia, pondera os riscos do uso excessivo e cita o costume de acelerar áudios como sinal da pressa contemporânea.
Governar com razão e coração
Questionado se age mais com racionalidade ou emoção, o governador respondeu que a legalidade exige razão, mas políticas que transformam vidas precisam de sensibilidade. Contou ter se emocionado ao ouvir, de uma criança beneficiada por obra de abastecimento de água, a alegria de poder “tomar banho de chuveiro” pela primeira vez.
Percepções sobre aliados e adversários
No jogo rápido de palavras, classificou o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), como “parceiro” apesar de discordâncias recentes, e elogiou o ex-governador Cássio Cunha Lima, chamando-o de “grande político”.
Sem conclusões, o programa exibiu um retrato de João Azevêdo que vai além do cargo de governador, apresentando o engenheiro, o professor, o avô e o amante do rock que pretende levar seu projeto político ao Senado.
Com informações de Diariodosertao




