A paralisação dos empregados da Petrobras chegou ao terceiro dia nesta quarta-feira (17) com adesão total nas 28 plataformas de produção da Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro. O balanço é da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa os trabalhadores do setor.
Segundo a entidade, a mobilização envolve tanto funcionários próprios quanto grande número de profissionais contratados por empresas terceirizadas que prestam serviços à estatal nas unidades offshore.
A Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, aderiu ao movimento nas últimas horas, mantendo em nove o total de refinarias onde há greve. Na terça-feira (16) a paralisação alcançava 24 plataformas; o número subiu para 28 nesta quarta, enquanto o quantitativo de refinarias permaneceu inalterado.
O painel de acompanhamento elaborado pela FUP indica participação em:
- 9 refinarias;
- 28 plataformas marítimas;
- 13 unidades operadas pela Transpetro;
- 4 usinas termelétricas;
- 2 plantas de biodiesel;
- campos terrestres de produção na Bahia;
- Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB);
- Estação de Compressão de Paulínia, administrada pela Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia–Brasil (TBG);
- sede administrativa da companhia em Natal (RN).
O movimento começou na segunda-feira (15) e não tem prazo para terminar. Entre as reivindicações estão a revisão do plano de cargos e salários, uma solução para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros – fundo de pensão da categoria – e a defesa da pauta Brasil Soberano, que prega a manutenção da Petrobras como empresa pública e com foco no fortalecimento da companhia.
Operação em regime de contingência
Em nota enviada à imprensa, a Petrobras informou que colocou em ação equipes de contingência para assegurar a continuidade das atividades. “Até o momento, não houve impacto na produção e o abastecimento ao mercado segue garantido, sem alterações”, destacou o comunicado.
A empresa acrescentou que reconhece o direito de greve dos trabalhadores e mantém canais de negociação abertos com as entidades sindicais.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) lembra que a Petrobras, isoladamente ou em parcerias, responde por aproximadamente 90% da produção nacional de petróleo e gás natural.
Com informações de Agência Brasil



