Os docentes da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) decidiram, nesta sexta-feira (5), encerrar a paralisação iniciada em 22 de setembro. A deliberação ocorreu durante assembleia geral realizada no campus de Campina Grande, depois de o Governo da Paraíba encaminhar nova proposta de entendimento à categoria.
Mais de dois meses de mobilização
A greve, que durou pouco mais de dois meses, foi motivada por demandas relacionadas a carreira, orçamento e condições de trabalho. Entre os principais pontos estavam o pagamento do retroativo das progressões funcionais, a recomposição salarial de 22,97% referente às perdas acumuladas nos últimos quatro anos, o aumento do orçamento da universidade a partir de 2026, o debate sobre a Lei de Autonomia (Lei nº 7.643/2004) e a realização de concursos para professores efetivos.
Condições do acordo
O texto aprovado pelos professores mantém um deságio de 40% sobre o valor retroativo das progressões de carreira. O montante restante será quitado em 20 parcelas mensais. O governo estadual também se comprometeu a organizar um concurso público para docentes no segundo semestre de 2026, além de manter permanente a mesa tripartite de negociação — formada por representantes da UEPB, da Secretaria de Estado da Administração e do Sindicato dos Docentes.
Retomada das atividades
Com o fim da greve, os oito campi da UEPB poderão retomar as rotinas administrativas imediatamente. Entretanto, o retorno efetivo das aulas dependerá da readequação do calendário acadêmico, tarefa que ficará a cargo do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Reuniões internas deverão definir nova programação de aulas, avaliações e prazos para reposição de conteúdo.
Pauta extensa
Além das questões salariais e de carreira, a categoria também cobrava a convocação de candidatos aprovados em concursos anteriores e de integrantes do cadastro de reserva. Os docentes reivindicaram ainda a recomposição integral do orçamento da instituição para 2026, alegando necessidade de garantir infraestrutura, insumos de pesquisa e assistência estudantil adequados.
Concluída a votação desta sexta-feira, representantes sindicais afirmaram que a mobilização serviu para garantir avanços e para abrir um canal de diálogo permanente com o Executivo estadual. Já a administração da universidade ressaltou a importância do entendimento para a normalização das atividades acadêmicas e administrativas.
Com informações de Maispb



