Usuários do Instagram relataram, na manhã desta quarta-feira (10), que perfis de diversas figuras públicas brasileiras deixaram de aparecer no campo de pesquisa da rede social. Entre os nomes afetados estão o presidente Lula, a ministra Gleisi Hoffmann e parlamentares de correntes ideológicas distintas.
A situação levantou a suspeita de shadowban – termo usado quando a plataforma reduz a visibilidade de contas ou conteúdos sem uma notificação explícita. Mensagens no WhatsApp, publicações na própria rede social e uma sequência de postagens no Bluesky reforçaram a hipótese de que perfis especialmente ligados à esquerda estariam sendo alvo de restrição.
Deputados também ficaram ocultos
O caso ganhou repercussão depois que o nome do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) não foi localizado pelo mecanismo de busca. Horas antes, o parlamentar havia ocupado a cadeira da Presidência da Câmara dos Deputados, em protesto contra pedido de cassação, e acabou retirado à força pela Polícia Legislativa. Durante o episódio, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) tentou intervir e também acabou envolvida na confusão, registrada parcialmente antes de a TV Câmara ter o sinal interrompido.
Além de Braga e Bomfim, outros perfis de parlamentares desapareceram temporariamente da pesquisa. Entre eles estão Maria do Rosário (PT-RS), Kim Kataguiri (União-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Capitão Derrite (PL-SP). A ausência de políticos de diferentes espectros ideológicos ampliou o debate sobre possíveis falhas técnicas ou eventuais mudanças nos critérios de moderação da plataforma.
Usuários listam perfis afetados
Até o momento da publicação, internautas apontavam os seguintes perfis como ausentes na busca direta do Instagram:
- Presidente Lula
- Gleisi Hoffmann
- Glauber Braga
- Sâmia Bomfim
- Maria do Rosário
- Kim Kataguiri
- Nikolas Ferreira
- Capitão Derrite
Representantes das contas afetadas e usuários em geral aguardam esclarecimentos da empresa controladora do Instagram. A plataforma ainda não divulgou nota oficial sobre o ocorrido nem explicou se a indisponibilidade foi fruto de erro interno, teste de atualização ou aplicação deliberada de políticas de conteúdo.
A rede social pertence ao conglomerado Meta, que costuma remover ou rebaixar publicações consideradas violadoras de suas diretrizes, mas normalmente comunica a medida aos responsáveis pelas contas – o que, segundo os relatos, não aconteceu neste caso.
Até que a Meta se pronuncie, segue a incerteza sobre os motivos que levaram à ocultação temporária dos perfis de líderes do Executivo, de partidos e de deputados federais de diferentes bancadas.
Com informações de Polemicaparaiba



